Luis Gustavo Bet, Nilton Manuel Évora do Rosario, Fernando Ramos Martins, Roberto Zilles
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Abstract
A geração de energia elétrica a partir da energia solar é uma alternativa com potencial de contribuir para atender os objetivos de desenvolvimento sustentável no setor energético. A aplicação da tecnologia fotovoltaica em centros urbanos, com instalação de pequenas plantas geradoras, vem sendo amplamente apontada como uma alternativa viável de geração distribuída próximo a grandes polos consumidores. Ao mesmo tempo que a aplicação das tecnologias fotovoltaicas apresenta um crescimento contínuo, a poluição atmosférica, um problema crônico das grandes cidades, pode impactar negativamente a sua produtividade. Os aerossóis atmosféricos constituem o principal atenuador da radiação solar na ausência de nuvens em áreas urbanas, principalmente aquelas localizadas em regiões que apresentam estações secas bem definidas, como é o caso de São Paulo, dominadas por condições atmosféricas que favorecem o maior tempo de permanência na atmosfera. Os aerossóis modulam o total da irradiação solar incidente na superfície assim como alteram a sua distribuição espectral. Sendo assim, este trabalho buscou investigar como a variação na quantidade e na natureza dos aerossóis atmosféricos podem afetar o desempenho de sistemas fotovoltaicos operando na região metropolitana de São Paulo, via análise do fator espectral de módulos fotovoltaicos. A análise da série histórica das propriedades ópticas dos aerossóis possibilitou identificar a contribuição importante de aerossóis provenientes de queimadas em outras regiões do país. Associado a esse ciclo dos aerossóis, foi possível observar a mesma sazonalidade no fator espectral dos módulos fotovoltaicos de silício cristalino em operação, acarretando em uma defasagem de até 5% do desempenho espectral dos módulos. Essa variação no desempenho acompanhou os cenários atmosféricos com elevada espessura ótica dos aerossóis e vapor d’água.