Lilia Blima Schraiber, Janaína Marques de Aguiar, Cecilia Guida Vieira Graglia, Stephanie Pereira, Nayara Portilho Lima, Beatriz Diniz Kalichman, Marina Silva dos Reis, Yuri Nishijima Azeredo, Manuela Colombini, Ana Flávia Pires Lucas d’ Oliveira
{"title":"Violência sexual contra mulheres por parceiro íntimo e desigualdade de gênero na voz dos profissionais da Atenção Primária à Saúde","authors":"Lilia Blima Schraiber, Janaína Marques de Aguiar, Cecilia Guida Vieira Graglia, Stephanie Pereira, Nayara Portilho Lima, Beatriz Diniz Kalichman, Marina Silva dos Reis, Yuri Nishijima Azeredo, Manuela Colombini, Ana Flávia Pires Lucas d’ Oliveira","doi":"10.1590/interface.220656","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"É difícil reconhecer o sexo forçado vivido nas relações sexuais no âmbito doméstico como violência. Há também uma imprecisão entre a violência, tal como no sexo forçado, e a desigualdade de gênero, como na aceitação do dever marital. Buscou-se compreender o que profissionais da Atenção Primária pensam sobre essas duas experiências, como interpretam relatos das mulheres e o que fazem sobre isso. Entrevistados, os profissionais dizem que sexo forçado ou sexo sem consentimento explícito são ambos violência, e assim devem ser nomeados. Agindo desse modo, eles pensam esclarecer suas pacientes acerca dos direitos das mulheres. No entanto, no dia a dia, nem todos o fazem e ninguém reconheceu ou nomeou a aceitação do dever marital como desigualdade de gênero. Conclui-se que, se a violência está presente como questão, sua distinção quanto à desigualdade de gênero ainda é um desafio.","PeriodicalId":47184,"journal":{"name":"Interface-Comunicacao Saude Educacao","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.7000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Interface-Comunicacao Saude Educacao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/interface.220656","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"PUBLIC, ENVIRONMENTAL & OCCUPATIONAL HEALTH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
É difícil reconhecer o sexo forçado vivido nas relações sexuais no âmbito doméstico como violência. Há também uma imprecisão entre a violência, tal como no sexo forçado, e a desigualdade de gênero, como na aceitação do dever marital. Buscou-se compreender o que profissionais da Atenção Primária pensam sobre essas duas experiências, como interpretam relatos das mulheres e o que fazem sobre isso. Entrevistados, os profissionais dizem que sexo forçado ou sexo sem consentimento explícito são ambos violência, e assim devem ser nomeados. Agindo desse modo, eles pensam esclarecer suas pacientes acerca dos direitos das mulheres. No entanto, no dia a dia, nem todos o fazem e ninguém reconheceu ou nomeou a aceitação do dever marital como desigualdade de gênero. Conclui-se que, se a violência está presente como questão, sua distinção quanto à desigualdade de gênero ainda é um desafio.
期刊介绍:
Interface – Comunicação, Saúde, Educação is an interdisciplinary open-access electronic journal, published on a quarterly basis by Universidade Estadual Paulista, Unesp (Health Education and Communication Laboratory, Public Health Department, School of Medicine of Botucatu). Its mission is to publish original articles and other relevant materials on Education and Communication in Health practices, the education of Health professionals (both university-based and in-service education) and Collective Health in its articulation with Philosophy, Arts and Social and Human Sciences , which contribute to the advancement of knowledge in these areas. Critical and innovative approaches and qualitative research are prioritized.