Viviane Resende, Yara Martinelli, Bruno Martinelli
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Abstract
Neste artigo, partimos de discursos de extrema direita sobre povos originários e seus territórios para mapear como são retomados e subvertidos na resistência indígena no Brasil. Destacamos como a produção discursiva decorrente do maior congresso indígena brasileiro – o Acampamento Terra Livre (ATL) –, nas edições de 2019 a 2022, respondeu aos ataques do executivo federal, agindo sobre discursos. Para isso, recuperamos alguns conceitos do giro decolonial relevantes à discussão, delineamos contextos de ataque e resistência aos direitos dos povos indígenas no período, resumimos resultados de nossa análise anterior sobre falas do chefe do executivo e apresentamos análises das cartas do ATL. Nossas análises apontam um crescendo da mobilização indígena em resposta aos ataques políticos do governo de extrema direita entre 2019 e 2022. Os povos indígenas organizados em seus movimentos lograram assumir um papel protagonista na resistência social ao fascismo no Brasil.