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Abstract
O texto em pauta procura delinear o cenário sociolinguístico da região sul da Bahia, que teria se caracterizado pelo multilinguismo, consequência da estagnação econômica da região, fato que teria gerado menos conflitos entre portugueses e índios, preservando os falantes das línguas locais. A alteração nesse quadro ocorreria a partir da década de 1820, com o crescimento da lavoura cacaueira, iniciada na região em 1746. Paralelamente a esse cenário, temos outro distinto: a fundação de três colônias suíço-alemãs, que teriam apresentado um contexto de transmissão linguística irregular do português L2 de alemães e suíços a africanos aloglotas escravizados. E, perpassando todo o texto, argumentamos que a compreensão dessas situações sociolinguísticas diferenciadas numa mesma região foi possível porque adotamos um olhar amplo que considerou as relações históricas transnacionais dentro das quais estava imerso o sul da Bahia, pois, sem isso, não seria possível compreender como se deu o desencadear dessas situações sociolinguísticas.