Avaliação da sedoanalgesia pelo monitoramento do índice bispectral em uma Unidade de Terapia Intensiva Covid: a importância das intervenções farmacêuticas
Patrícia Nunes dos Santos, Jeamile Lima Bezerra, Tairo Janilson César de Oliveira, Patricia Bastos do Nascimento, Laisa Lis Fontinele de Sá, Lubna Karine Beserra Santos, Ronaby Ferreira Sousa Silva
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Abstract
Introdução: O índice bispectral (BIS) é um monitor do nível de conciência com maior sensibilidade e objetividade para a avaliação da atividade cerebral em comparação às escalas subjetivas usuais, principalmente a RASS (Richmond Agitation-Sedation Scale), durante os estados comatosos. Objetivos: Avaliar a sedoanalgesia e os níveis de consciência dos pacientes em ventilação mecância por meio do monitoramento pelo BIS. Métodos: A pesquisa é exploratória, transversal e retrospectiva, conduzida em pacientes da UTI-Covid do Hospital Universitário da Federal do Piauí (HU-UFPI). Dados foram coletados de junho a dezembro de 2021, utilizando infrormações de prontuários e fichas próprias do BIS, após aprovação do comitê de ética (parecer 5.427.074). Análises foram feitas com estatística descritiva simples no Microsoft Excel. Resultados: Analisaram-se 121 avaliações em 47 pacientes, sendo 67% homens. Fentanil e midazolam foram os analgésicos e sedativos principais. Cerca de 60% dos pacientes estavam profundamente sedados e somente 31% apresentavam níveis adequados de sedoanalgesia pelo BIS. Comparando BIS e RASS, 67 análises tiveram BIS 0-39 e RASS -5. Cerca de 80% apresentavam sobredose de midazolam e 29% de fentanil. As intervenções farmacêuticas contribuíram para redução do uso de sedoanalgesia. Conclusão: O BIS mostrou ser uma ferramenta eficaz na avaliação da sedoanalgesia e permitiu uma melhor participação do farmacêutico na prática clínica. Seus benefícios incluíram melhor controle medicamentoso e adequação da sedação em pacientes sob ventilação mecânica na UTI-Covid do HU-UFPI.