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Abstract
As empresas de orientação técnica apresentam diferentes formatos, desde as governamentais, das cooperativas e até mesmo dos próprios agricultores. Os censos agropecuários neste sentido desempenham um importante papel no contexto de mapear os estabelecimentos que recebem ou não algum tipo de orientação técnica. Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente as configurações de orientação técnica no estado do Rio Grande do Sul entre os censos de 2006 e 2017, utilizando como recorte as mesorregiões geográficas. A mesorregião que mais apresenta estabelecimentos agropecuários recebendo algum tipo de orientação técnica é a Noroeste (23,13%), a qual apresenta característica de ser uma das que mais possui municípios, os quais são majoritariamente familiares. A mesorregião que menos possui é a Sudoeste (2,15%), sendo a que dispõe de estabelecimentos agropecuários maiores e sistema produtivos de pecuária e grãos. Em larga medida, as dinâmicas produtivas estão interligadas ao tipo majoritário de orientação técnica recebida. Regiões litorâneas em larga medida estão desassistidas, sendo que em alguns municípios começou a ter presença no censo de 2017 de assistência técnica dos próprios agricultores. A assistência técnica de origem governamental teve uma diminuição em diversas regiões, em contrapartida, assistência própria e de cooperativas ganhou espaço. Apesar de haver um pluralismo de orientação técnica, elas não necessariamente coexistem, estando pulverizadas conforme as dinâmicas territoriais e mesmo assim, mais de 50% dos estabelecimentos do estado não recebem nenhum tipo de orientação técnica.