{"title":"pele que me (des)cobre","authors":"Roseane Freitas Nicolau","doi":"10.31683/stylus.v1i42.954","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Propõe-se abordar o fenômeno psicossomático a partir de uma possibilidade de enlaçamento do corpo no nó borromeano, como algo que faz suplência ao nó. São apresentados fragmentos de uma análise, onde a paciente em questão apresenta despigmentações na pele em função de um vitiligo que ressurgiu associado a uma crise de angústia. Parte-se da ideia segundo a qual o “corpo falante”, ou seja, o “corpo do ser falante”, o é graças ao enodamento dos três registros: Real, Simbólico e Imaginário. A discussão se segue em torno da irrupção do corpo na experiência analítica, sublinhando o tempo em que, no percurso da análise, um significante retornou no corpo fazendo eclodir uma lesão em um ponto específico, sendo tomado pela analista como o que retorna do Real. De acordo com os fragmentos clínicos apresentados, o acontecimento traumático colocado no corpo, não traduzido em palavras, manifesta-se não como um sintoma inscrito no simbólico, mas como uma mostração, como um real que irrompe, pela inscrição da letra no corpo. 
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Abstract
Propõe-se abordar o fenômeno psicossomático a partir de uma possibilidade de enlaçamento do corpo no nó borromeano, como algo que faz suplência ao nó. São apresentados fragmentos de uma análise, onde a paciente em questão apresenta despigmentações na pele em função de um vitiligo que ressurgiu associado a uma crise de angústia. Parte-se da ideia segundo a qual o “corpo falante”, ou seja, o “corpo do ser falante”, o é graças ao enodamento dos três registros: Real, Simbólico e Imaginário. A discussão se segue em torno da irrupção do corpo na experiência analítica, sublinhando o tempo em que, no percurso da análise, um significante retornou no corpo fazendo eclodir uma lesão em um ponto específico, sendo tomado pela analista como o que retorna do Real. De acordo com os fragmentos clínicos apresentados, o acontecimento traumático colocado no corpo, não traduzido em palavras, manifesta-se não como um sintoma inscrito no simbólico, mas como uma mostração, como um real que irrompe, pela inscrição da letra no corpo.