{"title":"EM BUSCA DA BEATITUDE: A VERTENTE TELEOLÓGICA E A ORDEM DO AGIR HUMANO EM SANTO AGOSTINHO","authors":"Waléria Demoner Rossoni, Valéria Ângela Colombi Marchesi, Michela Direne Penitente","doi":"10.54578/unesc.v7i1.374","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Certamente, a busca da vida feliz, bem como o transcurso que é o responsável por alcança-la foi um dos maiores cernes propulsores das reflexões perpetradas pelo filósofo Santo Agostinho. Isso porque, a beatitude – conforme observou – sempre inquietou os ânimos da humanidade, uma vez que é da própria essência humana o desígnio de felicidade. Entretanto, sua concepção perpassa aos bens mutáveis existentes, remetendo-se ao Sumo Bem, Deus, uno e trino. Abandonando-se a ideia de que a filosofia permite e possibilita o conhecimento, Santo Agostinho repousa a felicidade na ancora suprema, instrumento Criador de todas as coisas e da própria beatitude. Para tanto, a ordem do amor deve servir de artifício para o escopo da articulação, de maneira a constituir a invisibilidade para se atingir verdadeiramente a felicidade suprema. Decerto, o ser humano almeja encontrar os caminhos divinos, todavia, em face de sua natureza decaída, tenta – erroneamente – encontrar a felicidade nos bens corpóreos, transitórios e terrestres. Além do decaimento natural, o sentimento do orgulho humano é fator propulsor para a promoção da “cegueira” individual, bem como impossibilita a observância da bem-aventurança. Com essas divagações, Santo Agostinho consegue estabelecer a verdadeira contemplação da divindade (eternidade), de maneira a alcançar a vida feliz da alma humana.","PeriodicalId":159003,"journal":{"name":"UNESC em Revista","volume":"21 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"UNESC em Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54578/unesc.v7i1.374","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Certamente, a busca da vida feliz, bem como o transcurso que é o responsável por alcança-la foi um dos maiores cernes propulsores das reflexões perpetradas pelo filósofo Santo Agostinho. Isso porque, a beatitude – conforme observou – sempre inquietou os ânimos da humanidade, uma vez que é da própria essência humana o desígnio de felicidade. Entretanto, sua concepção perpassa aos bens mutáveis existentes, remetendo-se ao Sumo Bem, Deus, uno e trino. Abandonando-se a ideia de que a filosofia permite e possibilita o conhecimento, Santo Agostinho repousa a felicidade na ancora suprema, instrumento Criador de todas as coisas e da própria beatitude. Para tanto, a ordem do amor deve servir de artifício para o escopo da articulação, de maneira a constituir a invisibilidade para se atingir verdadeiramente a felicidade suprema. Decerto, o ser humano almeja encontrar os caminhos divinos, todavia, em face de sua natureza decaída, tenta – erroneamente – encontrar a felicidade nos bens corpóreos, transitórios e terrestres. Além do decaimento natural, o sentimento do orgulho humano é fator propulsor para a promoção da “cegueira” individual, bem como impossibilita a observância da bem-aventurança. Com essas divagações, Santo Agostinho consegue estabelecer a verdadeira contemplação da divindade (eternidade), de maneira a alcançar a vida feliz da alma humana.