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Abstract
A partir do pensamento que aponta a repetição, ao longo do tempo, das opressões direcionadas a grupos menos favorecidos, nomeadamente a tradição dos oprimidos (BENJAMIN, 2012), este artigo propõe uma reflexão acerca de duas formas de estabelecer uma resistência frente a situações que não se podem tolerar: a melancolia, como forma de expressão própria da humanidade, concebida sob o escopo reativo, enquanto um sentimento inevitável diante das opressões, e a literatura, constituída como um ato de resistência, por sua força política que, em última instância, pode iluminar os caminhos e ajudar à compreensão dos povos que, paulatinamente, o poder hegemônico tentou subjugar.