{"title":"Exercícios resistidos progressivos como terapia motora para ratos com Doença de Parkinson","authors":"Maisa Carla Coelho, Luiza Morais Araújo Souza, Ana Lívia Teixeira, Júlia Torga Souza, Laila Cristina Moreira Damázio","doi":"10.34024/rnc.2023.v31.15282","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução. A Doença de Parkinson (DP) é progressiva, afetando o Sistema Nervoso Central com degeneração da substância negra do mesencéfalo e diminuição da síntese de dopamina no striatum, levando a problemas de controle motor e movimentos voluntários. A atividade física é uma opção terapêutica não farmacológica na DP, mas ainda há escassez de estudos em animais. Método. Este estudo analisou os exercícios resistidos progressivos em ratos Wistar, antes e após a indução da DP por estimulação elétrica na substância negra do mesencéfalo por 10 segundos. Os ratos treinaram na escada vertical por 4 semanas, 5 dias/semana, até 45 minutos, mantendo uma Frequência Cardíaca Máxima entre 80-95%. Exercícios ocorreram antes e após a indução. Após o experimento e a eutanásia dos animais, o tecido nervoso e musculoesquelético das patas dianteira e traseira direitas foram coletados para análise histológica e histomorfométrica, utilizando técnicas de coloração de Nissl, Azul de Toluidina, Tricrômico de Gomori e Verhoeff. Resultados. Houve um aumento na área e no diâmetro das fibras musculares do músculo flexor longo do hálux (pata traseira) nos grupos exercitadores antes e antes e depois da DP. Entretanto, os exercícios não afetaram os componentes passivos de fibras de colágeno e elásticas nos músculos avaliados. Conclusão. Os exercícios resistidos progressivos demonstraram benefícios para o músculo flexor longo do hálux na pata traseira, mas não para o bíceps braquial na pata dianteira, em ratos com DP. Estes resultados fornecem insights importantes sobre os efeitos da atividade física resistida progressiva no contexto da DP.","PeriodicalId":21357,"journal":{"name":"Revista Neurociências","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Neurociências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.15282","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução. A Doença de Parkinson (DP) é progressiva, afetando o Sistema Nervoso Central com degeneração da substância negra do mesencéfalo e diminuição da síntese de dopamina no striatum, levando a problemas de controle motor e movimentos voluntários. A atividade física é uma opção terapêutica não farmacológica na DP, mas ainda há escassez de estudos em animais. Método. Este estudo analisou os exercícios resistidos progressivos em ratos Wistar, antes e após a indução da DP por estimulação elétrica na substância negra do mesencéfalo por 10 segundos. Os ratos treinaram na escada vertical por 4 semanas, 5 dias/semana, até 45 minutos, mantendo uma Frequência Cardíaca Máxima entre 80-95%. Exercícios ocorreram antes e após a indução. Após o experimento e a eutanásia dos animais, o tecido nervoso e musculoesquelético das patas dianteira e traseira direitas foram coletados para análise histológica e histomorfométrica, utilizando técnicas de coloração de Nissl, Azul de Toluidina, Tricrômico de Gomori e Verhoeff. Resultados. Houve um aumento na área e no diâmetro das fibras musculares do músculo flexor longo do hálux (pata traseira) nos grupos exercitadores antes e antes e depois da DP. Entretanto, os exercícios não afetaram os componentes passivos de fibras de colágeno e elásticas nos músculos avaliados. Conclusão. Os exercícios resistidos progressivos demonstraram benefícios para o músculo flexor longo do hálux na pata traseira, mas não para o bíceps braquial na pata dianteira, em ratos com DP. Estes resultados fornecem insights importantes sobre os efeitos da atividade física resistida progressiva no contexto da DP.