{"title":"Irmãos Boanerges","authors":"André Valva","doi":"10.46525/ret.v38i2.1800","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A perícope Mc 3,13-19 é significativa para a compreensão da comunidade marcana, pois nela encontra-se um qualificativo que não está nos demais Evangelhos: o autor do texto canônico afirma que Jesus chamou Tiago e João de filhos do trovão, uma tradução do aramaico Boanerges (Mc 3,17). Assim, surge a pergunta: Por quê? Buscando esclarecer a razão dessa expressão de Jesus, as informações encontradas na literatura para explicar o uso das expressões filhos do trovão e boanerges não me parecem convincentes. Os comentadores dão informações limitadas sobre o tema. Será que Mc 3,17 pode contribuir para compreender a cultura da comunidade marcana? Qual a intenção do autor do texto canônico em destacar esta passagem? Para encontrar respostas a esses questionamentos, a comunicação inicia investigando as informações dadas por Eusébio de Cesareia sobre Pedro, Marcos, Tiago e João, em História Eclesiástica. O texto utilizado no estudo é o da Bíblia de Jerusalém e o Novum Testamentum Graece, de Nestle-Aland, além de bibliografia aditiva. O objetivo da investigação é compreender a intenção do autor do Evangelho, ao destacar o apelido de Tiago e João e a importância dele para os leitores. Simultaneamente, pretende-se conhecer e entender os elementos e símbolos culturais utilizados pela comunidade marcana. A hipótese que norteia a investigação sobre Mc 3,17 é justamente de que o apelido Boanerges deve estar referido a símbolos culturais relevantes no contexto histórico-antropológico e social da comunidade supracitada. A comunicação pode contribuir para propor um cenário mais realístico sobre o Evangelho de Marcos e seu contexto histórico, antropológico e social.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Encontros Teológicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46525/ret.v38i2.1800","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A perícope Mc 3,13-19 é significativa para a compreensão da comunidade marcana, pois nela encontra-se um qualificativo que não está nos demais Evangelhos: o autor do texto canônico afirma que Jesus chamou Tiago e João de filhos do trovão, uma tradução do aramaico Boanerges (Mc 3,17). Assim, surge a pergunta: Por quê? Buscando esclarecer a razão dessa expressão de Jesus, as informações encontradas na literatura para explicar o uso das expressões filhos do trovão e boanerges não me parecem convincentes. Os comentadores dão informações limitadas sobre o tema. Será que Mc 3,17 pode contribuir para compreender a cultura da comunidade marcana? Qual a intenção do autor do texto canônico em destacar esta passagem? Para encontrar respostas a esses questionamentos, a comunicação inicia investigando as informações dadas por Eusébio de Cesareia sobre Pedro, Marcos, Tiago e João, em História Eclesiástica. O texto utilizado no estudo é o da Bíblia de Jerusalém e o Novum Testamentum Graece, de Nestle-Aland, além de bibliografia aditiva. O objetivo da investigação é compreender a intenção do autor do Evangelho, ao destacar o apelido de Tiago e João e a importância dele para os leitores. Simultaneamente, pretende-se conhecer e entender os elementos e símbolos culturais utilizados pela comunidade marcana. A hipótese que norteia a investigação sobre Mc 3,17 é justamente de que o apelido Boanerges deve estar referido a símbolos culturais relevantes no contexto histórico-antropológico e social da comunidade supracitada. A comunicação pode contribuir para propor um cenário mais realístico sobre o Evangelho de Marcos e seu contexto histórico, antropológico e social.