{"title":"A percepção e o artista: uma perspectiva antropológica da fenomenologia de Merleau-Ponty","authors":"Patricia Mara Rodrigues Silva","doi":"10.25247/p1982-999x.2023.v23n3.p81-96","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo do presente artigo é apresentar o modo particular com que Merleau-Ponty trabalha o primado da percepção para a fenomenologia, tomando por base as reflexões levantadas por ele no texto A dúvida de Cézanne. Nosso texto se faz em três tópicos; no primeiro discorre-se rapidamente acerca das concepções de corpo e espírito; e em seguida parte-se para a análise de como a pintura de Paul Cézanne nos é apresentada pelo autor como um modo particular de pesquisa fenomenológica; para que, então, no terceiro tópico, seja esclarecida a importância da percepção para se pensar uma nova concepção de racionalidade humana que funcione fora dos impasses das dicotomias, corpo e espírito, sensibilidade e inteligência, e que, para tanto, será preciso reaprender a vincular-se ao mundo sensível e reconhecer definitivamente a percepção como um modo de conhecimento. Só assim será possível viver nossa animalidade humana em toda sua identidade relacional.","PeriodicalId":486517,"journal":{"name":"Ágora filosófica","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ágora filosófica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/p1982-999x.2023.v23n3.p81-96","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo do presente artigo é apresentar o modo particular com que Merleau-Ponty trabalha o primado da percepção para a fenomenologia, tomando por base as reflexões levantadas por ele no texto A dúvida de Cézanne. Nosso texto se faz em três tópicos; no primeiro discorre-se rapidamente acerca das concepções de corpo e espírito; e em seguida parte-se para a análise de como a pintura de Paul Cézanne nos é apresentada pelo autor como um modo particular de pesquisa fenomenológica; para que, então, no terceiro tópico, seja esclarecida a importância da percepção para se pensar uma nova concepção de racionalidade humana que funcione fora dos impasses das dicotomias, corpo e espírito, sensibilidade e inteligência, e que, para tanto, será preciso reaprender a vincular-se ao mundo sensível e reconhecer definitivamente a percepção como um modo de conhecimento. Só assim será possível viver nossa animalidade humana em toda sua identidade relacional.