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Abstract
Na Fundamentação III, Kant alerta para a suspeita de um círculo na relação entre liberdade e moralidade. Comentadores discordam se a "espécie de círculo" em questão é um círculo vicioso ou uma petição de princípio, e se Kant soluciona esse suposto defeito lógico ou não. Essas interpretações, entretanto, negligenciam o papel que as seções I e II da Fundamentação desempenham no problema do círculo. Neste artigo, pretendemos argumentar que a "espécie de círculo" consiste em duas petições em um círculo não vicioso, e que Kant o remove ao substituir o procedimento analítico das seções I, II e início da III pelo procedimento sintético a partir da subseção 3 da Fundamentação III. Em nossa interpretação, o papel do círculo é enfatizar a necessidade de mudar de procedimento para justificar a liberdade humana mediante a distinção crítica entre fenômenos e númenos e a moralidade humana mediante a dedução transcendental do imperativo categórico.