Giliene Costa Monteiro Araujo, Marcel Bezerra de Lacerda, Atticus Tanikawa, José Rômulo Soares dos Santos, Josefa Patrícia Cândido de Souza, Maiza Araújo Cordão
{"title":"Agenesia congênita de corpo de útero em cadela: Relato de caso","authors":"Giliene Costa Monteiro Araujo, Marcel Bezerra de Lacerda, Atticus Tanikawa, José Rômulo Soares dos Santos, Josefa Patrícia Cândido de Souza, Maiza Araújo Cordão","doi":"10.31533/pubvet.v17n13e1505","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A agenesia congênita de corpo de útero é uma patologia de rara ocorrência em cadelas e consiste na ausência do corpo uterino por uma falha no ducto paramesonéfrico na fase de formação embrionária. O presente artigo relata um caso de agenesia congênita de corpo de útero em uma cadela da raça Poodle, atendida em uma clínica veterinária na cidade de Campina Grande, Paraíba, abordando aspectos como o histórico clínico, método de diagnóstico e tratamento. A cadela foi atendida na clínica veterinária com sinais clínicos de hemoparasitose (erliquiose), confirmado pelos exames laboratoriais. No entanto, durante o exame físico da cadela observou-se distensão e dor à palpação abdominal, que no exame de ultrassonografia foram justificadas pelo aumento de volume dos cornos uterinos, sugestivo de outra patologia concomitante. Diante dos sinais clínicos e exames complementares, o tratamento indicado foi o cirúrgico, por ovariohisterectomia. No transcirúrgico notou-se ausência do corpo uterino, os cornos uterinos estavam bilateralmente distendidos e terminavam em sacos cegos, não havendo comunicação entre eles, tampouco entre o útero e a vagina. Os cornos uterinos e os ovários foram encaminhados para análise histopatológica, contudo, não foram observadas alterações nos ovários e o conteúdo dos cornos uterinos era compatível com hidrometra. Baseado no histórico clínico e achados macro e microscópicos, podemos afirmar que trata-se de um caso de agenesia congênita de corpo de útero. Relatos como este são importantes para traçar um perfil epidemiológico e colaborar na escolha da melhor conduta diagnóstica e terapêutica para essa patologia.","PeriodicalId":20985,"journal":{"name":"Pubvet","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Pubvet","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n13e1505","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A agenesia congênita de corpo de útero é uma patologia de rara ocorrência em cadelas e consiste na ausência do corpo uterino por uma falha no ducto paramesonéfrico na fase de formação embrionária. O presente artigo relata um caso de agenesia congênita de corpo de útero em uma cadela da raça Poodle, atendida em uma clínica veterinária na cidade de Campina Grande, Paraíba, abordando aspectos como o histórico clínico, método de diagnóstico e tratamento. A cadela foi atendida na clínica veterinária com sinais clínicos de hemoparasitose (erliquiose), confirmado pelos exames laboratoriais. No entanto, durante o exame físico da cadela observou-se distensão e dor à palpação abdominal, que no exame de ultrassonografia foram justificadas pelo aumento de volume dos cornos uterinos, sugestivo de outra patologia concomitante. Diante dos sinais clínicos e exames complementares, o tratamento indicado foi o cirúrgico, por ovariohisterectomia. No transcirúrgico notou-se ausência do corpo uterino, os cornos uterinos estavam bilateralmente distendidos e terminavam em sacos cegos, não havendo comunicação entre eles, tampouco entre o útero e a vagina. Os cornos uterinos e os ovários foram encaminhados para análise histopatológica, contudo, não foram observadas alterações nos ovários e o conteúdo dos cornos uterinos era compatível com hidrometra. Baseado no histórico clínico e achados macro e microscópicos, podemos afirmar que trata-se de um caso de agenesia congênita de corpo de útero. Relatos como este são importantes para traçar um perfil epidemiológico e colaborar na escolha da melhor conduta diagnóstica e terapêutica para essa patologia.