El-Robrini Maâmar, Paulo Victor Magno Silva, Marcos Vinicius Rodrigues Coimbra
{"title":"MORFODINÂMICA E TRANSPORTE DE SEDIMENTOS EM PRAIAS AMAZÔNICAS DE MESO-MARÉS:","authors":"El-Robrini Maâmar, Paulo Victor Magno Silva, Marcos Vinicius Rodrigues Coimbra","doi":"10.5752/p.2318-2962.2023v33n75p1300","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As praias Grande (Barcarena) e Beja (Abaetetuba) ocorrem na foz do rio Tocantins, sendo influenciadas pela forçantes fluviais (vazão de 382,11 m3 s-1), mesomaré semidiurna (altura e corrente máxima, respectivamente de 3,4m e 1,93 m.s-1) e meteorológicas (chuvas > 2.500 mm.ano-1, ventos média > 5,1 km.h-1). Estas praias estão assentadas sobre o ¨Low Terrace¨ que domina os fundos de 15m de profundidade, sendo separadas pelo canal de maré Arienga, que recorta um trecho com falésias (Praia Grande) e baixo (Praia de Beja). Duas campanhas foram realizadas no final dos períodos chuvoso e seco, sob influência da maré astronômica (maior super lua de 2016). A metodologia consistiu de medições: da topografia praial, pontual do transporte longitudinal de sedimentos na zona de surf e da hidrodinâmica (ondas e correntes), coleta e características texturais dos sedimentos, estados e classificação morfodinâmicos e quantificação do transporte longitudinal de sedimentos. As praias Grande e Beja têm respectivamente, extensão e largura de 1.4km e 0,97 km, e 34 m e 150 - 360 m. O balanço sedimentar foi maior na praia de Beja (154,28 m³/m) que na praia Grande (106,83 m³/m). O transporte longitudinal sedimentar é bem maior no chuvoso que no seco, na praia de Beja, com 464 (10-2Kg/min/m3 - vazante) e 456 (10-2Kg/min/m3 - enchente). Entretanto, na praia Grande foi de 450,6 (10-2Kg/min/m3 - vazante) e 276,4 (10-2Kg/min/m3 - enchente). O caráter morfodinâmico (Wright e Short), Beja é uma praia intermediária com bancos transversais (chuvoso) e intermediária com terraço de baixamar (seco). A praia Grande é intermediária com banco e calha longitudinal nos 2 períodos. Para o modelo de Masselink e Short, a praia de Beja é dominada por marés (chuvoso) calhas e barras de baixamar (seco), ultradissipativas. A praia Grande é reflectiva e é influenciada por ondas e marés.","PeriodicalId":30253,"journal":{"name":"Caderno de Geografia","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caderno de Geografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/p.2318-2962.2023v33n75p1300","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
As praias Grande (Barcarena) e Beja (Abaetetuba) ocorrem na foz do rio Tocantins, sendo influenciadas pela forçantes fluviais (vazão de 382,11 m3 s-1), mesomaré semidiurna (altura e corrente máxima, respectivamente de 3,4m e 1,93 m.s-1) e meteorológicas (chuvas > 2.500 mm.ano-1, ventos média > 5,1 km.h-1). Estas praias estão assentadas sobre o ¨Low Terrace¨ que domina os fundos de 15m de profundidade, sendo separadas pelo canal de maré Arienga, que recorta um trecho com falésias (Praia Grande) e baixo (Praia de Beja). Duas campanhas foram realizadas no final dos períodos chuvoso e seco, sob influência da maré astronômica (maior super lua de 2016). A metodologia consistiu de medições: da topografia praial, pontual do transporte longitudinal de sedimentos na zona de surf e da hidrodinâmica (ondas e correntes), coleta e características texturais dos sedimentos, estados e classificação morfodinâmicos e quantificação do transporte longitudinal de sedimentos. As praias Grande e Beja têm respectivamente, extensão e largura de 1.4km e 0,97 km, e 34 m e 150 - 360 m. O balanço sedimentar foi maior na praia de Beja (154,28 m³/m) que na praia Grande (106,83 m³/m). O transporte longitudinal sedimentar é bem maior no chuvoso que no seco, na praia de Beja, com 464 (10-2Kg/min/m3 - vazante) e 456 (10-2Kg/min/m3 - enchente). Entretanto, na praia Grande foi de 450,6 (10-2Kg/min/m3 - vazante) e 276,4 (10-2Kg/min/m3 - enchente). O caráter morfodinâmico (Wright e Short), Beja é uma praia intermediária com bancos transversais (chuvoso) e intermediária com terraço de baixamar (seco). A praia Grande é intermediária com banco e calha longitudinal nos 2 períodos. Para o modelo de Masselink e Short, a praia de Beja é dominada por marés (chuvoso) calhas e barras de baixamar (seco), ultradissipativas. A praia Grande é reflectiva e é influenciada por ondas e marés.