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Abstract
Neste artigo, proponho contribuir para a reflexão sobre a atuação de iniciativas em arte e comunicação lideradas por jovens em territórios violentados da América Latina, partindo da seguinte provocação: com suas táticas, produções artísticas e modelos de gestão cultural comunitária, estas juventudes em movimento não estariam produzindo conhecimentos capazes de incidir nos processos de emancipação dos seus territórios? O que nos revelam estas práticas de gestão cultural que têm a arte e a comunicação como alicerces pedagógicos, a ancestralidade como bússola, o território como âncora e a aposta pelo comunitário como catalizadora da atuação? Compreendendo que por meio da arte e da comunicação estas juventudes elaboram dribles epistêmicos que convidam para a composição de outras intelectualidades, não estaríamos rumo às epistemologias das quebradas? Para avançar nestas reflexões, dialogo com ações culturais promovidas por coletivos atuantes nas periferias de duas cidades latino-americanas: Salvador (Bahia, Brasil) e Cali (Valle del Cauca, Colômbia).