{"title":"O IMAGINÁRIO SOBRE O OUTRO NOS ATOS INSTITUCIONAIS DO ESTADO MILITAR BRASILEIRO","authors":"Ana Paula Santos de Oliveira","doi":"10.1590/1982-4017-23-13","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Neste texto, busca-se compreender o funcionamento da representação discursiva do outro como comunista às vésperas do golpe de 1964 e sua reprodução nos cinco primeiros anos do período militar. Ancorado na Análise de Discurso pecheutiana, o gesto de interpretação se deu a partir de categorias como formação imaginária, memória discursiva e formação discursiva. O corpus de análise consistiu de dez sequências discursivas retiradas dos dezessete Atos Institucionais (AIs) publicados nesses anos. Observou-se nessas sequências que a imagem do outro como comunista constitui-se de uma rede de sentidos que, alimentada desde o começo do século XX, é ressignificada segundo interesses da classe hegemônica e atualizada em cada Ato Institucional à medida que aumentava a repressão estatal.","PeriodicalId":489327,"journal":{"name":"Linguagem em (Dis)curso","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Linguagem em (Dis)curso","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1982-4017-23-13","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Neste texto, busca-se compreender o funcionamento da representação discursiva do outro como comunista às vésperas do golpe de 1964 e sua reprodução nos cinco primeiros anos do período militar. Ancorado na Análise de Discurso pecheutiana, o gesto de interpretação se deu a partir de categorias como formação imaginária, memória discursiva e formação discursiva. O corpus de análise consistiu de dez sequências discursivas retiradas dos dezessete Atos Institucionais (AIs) publicados nesses anos. Observou-se nessas sequências que a imagem do outro como comunista constitui-se de uma rede de sentidos que, alimentada desde o começo do século XX, é ressignificada segundo interesses da classe hegemônica e atualizada em cada Ato Institucional à medida que aumentava a repressão estatal.