Amiry Monteiro Sanca, Murilo dos Santos Graeff, Fernanda Peixoto Cordova, Deise Lisboa Riquinho, Miriam de Abreu Almeida
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Abstract
Objetivo: identificar e analisar os diagnósticos de Enfermagem mais frequentes de pessoas vivendo com HIV/aids em atendimento ambulatorial em Guiné-Bissau por meio de suas narrativas. Método: trata-se de uma análise secundária dos dados de um estudo com abordagem qualitativa, cujos participantes foram 16 pessoas vivendo com HIV/aids. Para identificar os diagnósticos de Enfermagem, foi utilizado o Processo Diagnóstico, que é um processo intelectual complexo na aplicação do Pensamento Crítico. Resultados: havia 16 participantes, sendo 12 do sexo feminino, e a mediana de idade foi de 33,5 anos. A partir das narrativas dos participantes, foram identificados 26 diferentes diagnósticos de Enfermagem, dos quais 10 tiveram frequência igual ou superior a 10%. Os 10 diagnósticos mais frequentemente identificados pertencem aos seguintes domínios: autopercepção; enfrentamento/tolerância ao estresse; promoção da saúde; conforto; percepção/cognição; e papéis e relacionamentos. Embora os diagnósticos identificados com significado mais positivo tenham aparecido em 50% dos participantes (disposição para o autoconceito melhorado e disposição para cuidado da saúde melhorado), as narrativas também indicaram que o processo de viver com HIV/aids tem sido bastante desafiador para o guineenses participantes no estudo, com presença de diagnóstico de risco de dignidade humana comprometida (50% dos participantes) e resiliência prejudicada (43,7% dos participantes). Conclusões: os diagnósticos de Enfermagem mais frequentes das pessoas vivendo com HIV/aids participantes deste estudo foram: disposição para autoconceito melhorado; risco de dignidade humana comprometida; e disposição para cuidado da saúde melhorado. Implicações para a prática de Enfermagem: na assistência de Enfermagem, é fundamental a implementação integral do Processo de Enfermagem, pois, dessa forma, a prestação de cuidados não ocorre apenas na esfera biológica, mas também na promoção de cuidados que atendam às necessidades dos pacientes, visando mais dignidade, cidadania e qualidade de vida.