{"title":"Prevalência de Hipertensão Arterial numa Amostra de Habitantes da Cidade de Luanda","authors":"Henrique Muela, Angelina Francisco, Guilherme Passassi, António Francisco, Isaura Lopes","doi":"10.52600/2965-0968.bjcmr.2023.1.suppl.2.18","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A hipertensão arterial (HTA) é um importante desafio de saúde pública no mundo. Estudos sobre prevalência e conhecimento de hipertensão na Africa subsariana e especialmente em Angola ainda são escassos.Objectivo: Avaliar a prevalência, conhecimento, tratamento e controlo da hipertensão numa amostra de indivíduos residentes em Luanda durante o período do estudo.Métodos: Foi feito um estudo transversal numa amostra de habitantes da cidade de Luanda, Angola. Foram colhidos os dados sociodemográficos e factores de risco cardiovascular por questionário. A pressão arterial foi medida com esfigmomanómetro semi-automático (Omron®, HEM-7131-E), após 5 minutos de repouso. Foram feitas três medições com intervalo de 1 minuto entre elas e as médias das duas últimas foram consideradas como os valores da PAS e PAD de cada indivíduo. HTA definida como PAS e/ou PAD ≥140/90 mmHg ou uso de medicação.Resultados: Entre Maio de 2018 e Junho de 2019 foram incluídos 1480 participantes recrutados em três pontos de Luanda. A amostra foi composta por jovens (39,74±11,55 anos) e homens (69,30%). O consumo de álcool (74,60%) e sobrepeso/obesidade (44,20%) foram os factores de risco mais frequentes. A frequência de hipertensão na amostra foi de 34,9%. Entre os 517 pacientes hipertensos, 245 (47,4%) tinham conhecimento da sua condição e apenas 190(36,8%) estavam tomando a medicação para a hipertensão arterial; entre os pacientes que estavam em tratamento, somente 68 (35,8%) tinham a pressão arterial controlada definida como PA <140/90 mmHgConclusão: A prevalência de hipertensão arterial foi alta; o nível de conhecimento, tratamento e controlo da hipertensão arterial entre os participantes foi baixo.","PeriodicalId":176982,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Clinical Medicine and Review","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Clinical Medicine and Review","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52600/2965-0968.bjcmr.2023.1.suppl.2.18","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A hipertensão arterial (HTA) é um importante desafio de saúde pública no mundo. Estudos sobre prevalência e conhecimento de hipertensão na Africa subsariana e especialmente em Angola ainda são escassos.Objectivo: Avaliar a prevalência, conhecimento, tratamento e controlo da hipertensão numa amostra de indivíduos residentes em Luanda durante o período do estudo.Métodos: Foi feito um estudo transversal numa amostra de habitantes da cidade de Luanda, Angola. Foram colhidos os dados sociodemográficos e factores de risco cardiovascular por questionário. A pressão arterial foi medida com esfigmomanómetro semi-automático (Omron®, HEM-7131-E), após 5 minutos de repouso. Foram feitas três medições com intervalo de 1 minuto entre elas e as médias das duas últimas foram consideradas como os valores da PAS e PAD de cada indivíduo. HTA definida como PAS e/ou PAD ≥140/90 mmHg ou uso de medicação.Resultados: Entre Maio de 2018 e Junho de 2019 foram incluídos 1480 participantes recrutados em três pontos de Luanda. A amostra foi composta por jovens (39,74±11,55 anos) e homens (69,30%). O consumo de álcool (74,60%) e sobrepeso/obesidade (44,20%) foram os factores de risco mais frequentes. A frequência de hipertensão na amostra foi de 34,9%. Entre os 517 pacientes hipertensos, 245 (47,4%) tinham conhecimento da sua condição e apenas 190(36,8%) estavam tomando a medicação para a hipertensão arterial; entre os pacientes que estavam em tratamento, somente 68 (35,8%) tinham a pressão arterial controlada definida como PA <140/90 mmHgConclusão: A prevalência de hipertensão arterial foi alta; o nível de conhecimento, tratamento e controlo da hipertensão arterial entre os participantes foi baixo.