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Abstract
Este artigo pretende discutir relações entre memória, testemunho e história, tomando como objeto a autobiografia de Pierre Seel, Moi, Pierre Seel, déporté homosexel, sobrevivente do campo de concentração de Schirmeck, onde foi aprisionado por ser homossexual. Aborda-se o silenciamento, que se prolongou por décadas após a Segunda Guerra Mundial, em torno da perseguição nazista aos homossexuais, sendo o testemunho um recurso útil à iluminação daquilo que corre o risco de permanecer em esquecimento, aquém do conhecimento histórico. Sendo a história um âmbito em que interesses se confrontam, o testemunho se revela, assim, um meio de reconstrução da história, trazendo à tona fragmentos que tendem a não participar das narrativas hegemônicas. Busca-se, neste artigo, uma reflexão acerca dessa problemática. O texto se atém ao que Seel sofreu no campo de concentração, bem como às consequências por ele enfrentadas ao longo da vida em razão de seu aprisionamento.