{"title":"Coreografar a crise - uma dramaturgia do contexto presente","authors":"Marina Souza Lobo Guzzo","doi":"10.5965/1414573103482023e0103","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este texto se desenvolve como uma dança, como uma dramaturgia de gestos possíveis para coreografar o presente em suas complexidades e mobilidades. Essa construção dramatúrgica, por sua vez, possibilita imaginar uma coreografia a partir das noções de encantamento e refúgio, como práticas (im)possíveis para pensar o papel de artistas e criadores diante da crise climática. É válido lembrar que a dramaturgia, aqui, não é entendida como manual ou partitura, mas sim como um campo aberto para abrir linhas de fuga de um problema em que as palavras não dão mais conta. Espera-se que estas palavras vazem, que se esparramem e que gerem desejo de movimento. É preciso imaginar, fabular, especular, e a especulação exige corpo. É uma relação terrena. Exige que nos joguemos, e que joguemos num outro plano de mudança. Coreografar, pausar, aterrar, rebolar, “outrar”, deslocar protagonistas e partilhar são algumas pistas para começar.","PeriodicalId":41040,"journal":{"name":"Urdimento-Revista de Estudos em Artes Cenicas","volume":"179 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Urdimento-Revista de Estudos em Artes Cenicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5965/1414573103482023e0103","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"THEATER","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este texto se desenvolve como uma dança, como uma dramaturgia de gestos possíveis para coreografar o presente em suas complexidades e mobilidades. Essa construção dramatúrgica, por sua vez, possibilita imaginar uma coreografia a partir das noções de encantamento e refúgio, como práticas (im)possíveis para pensar o papel de artistas e criadores diante da crise climática. É válido lembrar que a dramaturgia, aqui, não é entendida como manual ou partitura, mas sim como um campo aberto para abrir linhas de fuga de um problema em que as palavras não dão mais conta. Espera-se que estas palavras vazem, que se esparramem e que gerem desejo de movimento. É preciso imaginar, fabular, especular, e a especulação exige corpo. É uma relação terrena. Exige que nos joguemos, e que joguemos num outro plano de mudança. Coreografar, pausar, aterrar, rebolar, “outrar”, deslocar protagonistas e partilhar são algumas pistas para começar.