Isadora Gabriella Silva Palmieri, Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, José Arthur Paschoalotto Silva, Sonia Silva Marcon, Ana Paula Sayuri Sato, Gabriela Tavares Magnabosco
{"title":"Cobertura vacinal da tríplice viral e poliomielite no Brasil, 2011-2021: tendência temporal e dependência espacial","authors":"Isadora Gabriella Silva Palmieri, Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, José Arthur Paschoalotto Silva, Sonia Silva Marcon, Ana Paula Sayuri Sato, Gabriela Tavares Magnabosco","doi":"10.1590/1980-549720230047.2","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Analisar a cobertura das vacinas tríplice viral e contra poliomielite, a tendência temporal e a dependência espacial em crianças de até um ano no Brasil, entre 2011 e 2021. Métodos: Estudo ecológico com dados secundários das taxas de cobertura vacinal (CV), disponibilizadas pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. A análise de tendência ocorreu pelo método joinpoint, segundo regiões geográficas, estimando a variação percentual anual (APC) e seu respectivo intervalo de confiança (IC95%). Foram construídos mapas coropléticos de distribuição por região de saúde e, posteriormente, verificou-se a dependência espacial pela estatística de Moran. Resultados: Entre 2011 e 2021, as coberturas vacinais apresentaram queda no Brasil, tanto para tríplice viral (APC: −6,4%; IC95%: −9,0; −3,8) quanto para poliomielite (APC: −4,5%; IC95% −5,5; −3,6). Houve declínio da cobertura de ambas as vacinas em todas as regiões geográficas ao longo dos anos de estudo, exceto no Sul e no Centro-Oeste para a vacina tríplice viral. Desde 2015, poucas regionais de saúde do país atingiram a CV adequada (≥95 a <120%). As regiões sanitárias do Norte e do Nordeste apresentaram clusters do tipo baixo-baixo na análise univariada para ambos os imunobiológicos. Conclusão: É premente considerar estudos como este para o planejamento de estratégias mais eficazes à imunização de crianças, sobretudo em áreas de maior queda. Desse modo, pode-se romper as barreiras do acesso à imunização, dada a heterogeneidade brasileira, e ampliar o acesso a informações fidedignas que aumentem a confiança na eficácia vacinal.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Epidemiologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1980-549720230047.2","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
RESUMO Objetivo: Analisar a cobertura das vacinas tríplice viral e contra poliomielite, a tendência temporal e a dependência espacial em crianças de até um ano no Brasil, entre 2011 e 2021. Métodos: Estudo ecológico com dados secundários das taxas de cobertura vacinal (CV), disponibilizadas pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. A análise de tendência ocorreu pelo método joinpoint, segundo regiões geográficas, estimando a variação percentual anual (APC) e seu respectivo intervalo de confiança (IC95%). Foram construídos mapas coropléticos de distribuição por região de saúde e, posteriormente, verificou-se a dependência espacial pela estatística de Moran. Resultados: Entre 2011 e 2021, as coberturas vacinais apresentaram queda no Brasil, tanto para tríplice viral (APC: −6,4%; IC95%: −9,0; −3,8) quanto para poliomielite (APC: −4,5%; IC95% −5,5; −3,6). Houve declínio da cobertura de ambas as vacinas em todas as regiões geográficas ao longo dos anos de estudo, exceto no Sul e no Centro-Oeste para a vacina tríplice viral. Desde 2015, poucas regionais de saúde do país atingiram a CV adequada (≥95 a <120%). As regiões sanitárias do Norte e do Nordeste apresentaram clusters do tipo baixo-baixo na análise univariada para ambos os imunobiológicos. Conclusão: É premente considerar estudos como este para o planejamento de estratégias mais eficazes à imunização de crianças, sobretudo em áreas de maior queda. Desse modo, pode-se romper as barreiras do acesso à imunização, dada a heterogeneidade brasileira, e ampliar o acesso a informações fidedignas que aumentem a confiança na eficácia vacinal.
期刊介绍:
Revista Brasileira de Epidemiologia (Brazilian Journal of Epidemiology) - every four months, journal published by the ABRASCO - aims at publishing not previously published Original Articles, including critical reviews on specific themes, which may contribute to the development of Epidemiology and related Sciences. Revista also publishes articles in the following categories: Debate aimed at discussing different views of the same theme which may be presented as an original article followed by comments from other authors, reproduction of panels and other similar formats; Notes and Information - notes on primary results of research studies.