Ana Tereza de Sousa Brito, Deborah Santana Pereira Pereira, Maria do Socorro Cirilo-Sousa, Anthony Pedro Igor Sales Rolim Esmeraldo, Matheus Luna Loiola, Narcélio Pinheiro Victor
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Abstract
O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre níveis de atividade física e sintomas de ansiedade e depressão. Foi elaborado um questionário online no Google Forms® com questões objetivas e abertas para avaliar as questões relacionadas à prática de atividade física e saúde mental durante o período da pandemia da COVID-19. O formulário incluiu perguntas relacionadas a aspectos sociodemográficos, nível de atividade física (IPAQ –versão curta) e análise da saúde mental dos participantes com as escalas de Ansiedade e Depressão de Beck. A associação entre atividade física e saúde mental foi estimada por meio de modelos de regressão. Cento e noventa e três pessoas responderam ao questionário (59% do sexo feminino). As mulheres apresentaram maiores níveis de ansiedade e depressão quando comparadas aos homens (p < 0,001 para todos os domínios). O risco de ter sintomas graves de ansiedade e depressivos aumentou respectivamente (OR = 4,20; IC95%: 1,25 - 14,11), e (OR = 3,16; IC95%: 1,12 - 8,91) nos participantes classificados com nível baixo de atividade física quando comparados aos quem mantêm o nível mais alto. Os homens têm menos chances de terem sintomas de ansiedade (OR= 0,23; IC95%: 0,10 - 0,55 p < 0,001) e depressão (OR = 0,33 IC95%: 0,12 - 0,88). Em suma, pode-se concluir que, durante a pandemia de COVID-19, os participantes que obtiveram alto nível de atividade física têm menos chances de apresentar sintomas graves de ansiedade e moderado de depressão.