Análises comparativas de atividade física, antropometria e perfil lipídico entre indivíduos obesos com perfis metabolicamente saudáveis e não saudáveis
Leticia Lara Loureiro, Jessica Sant'Ana Santos, Vitor Rossi de Almeida, Daniela Martins da Silva, Yuri Lopes Motoyama, Flavio Rossi de Almeida
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Abstract
A obesidade é considerada um dos principais problemas de saúde pública atualmente, e está associada ao desenvolvimento de outras patologias crônicas e anormalidades metabólicas, como doenças cardiovasculares (DCVs), hipertensão e dislipidemias. No entanto, existe um subconjunto de indivíduos, denominado obesos metabolicamente saudáveis (OMS), que, embora apresentem sobrepeso, não manifestam estas outras anormalidades metabólicas características. A prática de exercícios físicos é essencial no controle da obesidade, e a ausência ou prática insuficiente dela pode levar ao aumento de morbi/mortalidade, não estando associada apenas ao aumento de peso. Assim, buscamos comparar os perfis antropométrico, cardiovascular e lipídico dos indivíduos obesos metabolicamente anormais (OMA) e dos indivíduos obesos metabolicamente saudáveis, bem como comparar a prática de atividade física entre estes grupos, para entender se estes perfis se apresentam mais favoráveis no grupo OMS, independente do excesso de gordura corporal, e se este grupo é mais ativo fisicamente, reduzindo o risco de DCVs. Para isso, realizamos um estudo com voluntários de ambos os sexos, com idade ≥ 18 anos e IMC > 25Kg/m. Analisamos a prática de atividade física (IPAQ) e exame sanguíneo, avaliando o perfil lipídico (colesterol total e frações, e triglicérides). As comparações entre as variáveis foram estabelecidas por Teste T, Correlação de Pearson e o teste de Chi-quadrado para resultados paramétricos, utilizando o valor de p≤ 0,05. Menos da metade dos indivíduos declararam-se hipertensos e revelaram-se dislipidêmicos. A média do IMC classificou-os no grupo de obesidade grau 1 (um), entretanto, houve diferenças entre as medidas e índices antropométricos, perfis cardíaco e lipídico e a regularidade da prática de atividade física de ambos os grupos. Desta forma, concluímos que o grupo OMS apresentou perfis mais favoráveis em relação ao grupo OMA, e são fisicamente mais ativos, podendo ser estes os fatores que caracterizam e contribuem para o desenvolvimento do fenótipo mais favorável.