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Abstract
Este ensaio busca analisar as masculinidades dos personagens detetivescos na ficção policial. Partindo do personagem Dupin, o detetive racional de Edgar Allan Poe, e passando por Philip Marlowe e Sam Spade, os detetives “durões” de Raymond Chandler e Dashiell Hammett, respectivamente, pretendo me ater ao detetive Espinosa, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, selecionando para análise o romance O silêncio da chuva. Alio-me aos estudos de Connell e Messerschmidt, que entendem que os padrões de masculinidade não são estáveis, mas abertos a mudanças históricas. Enquanto os detetives clássicos ressaltam valores como racionalidade, valentia, virilidade e força, comumente atribuídos ao masculino pelo senso comum, o detetive contemporâneo, representado aqui por Espinosa, instável e multifacetado, subverte tais estereótipos, ressignificando o “ser” masculino.