{"title":"Analise ética dos urologistas no estado de São Paulo","authors":"H. Begliomini","doi":"10.5123/S0101-59072006000200006","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: análise ética dos urologistas no Estado de São Paulo Método: pesquisa dos dados baseados em informações colhidas no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo CREMESP, durante os últimos 10 anos, de janeiro/1995 a março/2005. Resultados: embora as denúncias contra médicos tenham aumentado 124,5% nesse período, as reclamações na área da Urologia não sofreram grandes variações, com uma média anual de 21, representando nesse período, apenas 0,88% do total das queixas no CREMESP e, bem abaixo da cirurgia plástica (3,3%), a quinta especialidade com maior número de reclamações. Das 213 reclamações recebidas, 50 (23,4%) transformaram-se em Processos Disciplinares. Entretanto, desses obtiveram-se 23 (46%) penalizações; 15 (30%) absolvições e 12 (24%) encontram-se em andamento. As principais causas de denúncias na área urológica são: negligência, imperícia e imprudência 14 (28%); publicidade médica 13 (26%); complicações cirúrgicas 7 (14%); honorários médicos 5 (10%); esterilização 4 (8%), entre outras. As modalidades de penalizações foram: advertência confidencial -7; censura confidencial -9; censura pública -3; suspensão do exercício profissional por 30 dias -3 e, suspensão definitiva do exercício profissional -1. Conclusão: a Urologia é uma especialidade com poucas reclamações no CREMESP, sendo a maioria delas arquivadas. Entretanto, os casos que se transformaram em Processos Disciplinares, têm grandes chances de penalizações (60,5%). Ao final do trabalho o autor conjectura sobre as possíveis causas dos urologistas terem poucas reclamações no CREMESP. É de se esperar que esses dados contribuam de forma igualmente preventiva, para que a Urologia e os urologistas tenham menores entraves éticos, o que trará maior prestígio e notoriedade à especialidade e aos especialistas.","PeriodicalId":285704,"journal":{"name":"Revista Paraense De Medicina","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2006-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Paraense De Medicina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5123/S0101-59072006000200006","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Objetivo: análise ética dos urologistas no Estado de São Paulo Método: pesquisa dos dados baseados em informações colhidas no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo CREMESP, durante os últimos 10 anos, de janeiro/1995 a março/2005. Resultados: embora as denúncias contra médicos tenham aumentado 124,5% nesse período, as reclamações na área da Urologia não sofreram grandes variações, com uma média anual de 21, representando nesse período, apenas 0,88% do total das queixas no CREMESP e, bem abaixo da cirurgia plástica (3,3%), a quinta especialidade com maior número de reclamações. Das 213 reclamações recebidas, 50 (23,4%) transformaram-se em Processos Disciplinares. Entretanto, desses obtiveram-se 23 (46%) penalizações; 15 (30%) absolvições e 12 (24%) encontram-se em andamento. As principais causas de denúncias na área urológica são: negligência, imperícia e imprudência 14 (28%); publicidade médica 13 (26%); complicações cirúrgicas 7 (14%); honorários médicos 5 (10%); esterilização 4 (8%), entre outras. As modalidades de penalizações foram: advertência confidencial -7; censura confidencial -9; censura pública -3; suspensão do exercício profissional por 30 dias -3 e, suspensão definitiva do exercício profissional -1. Conclusão: a Urologia é uma especialidade com poucas reclamações no CREMESP, sendo a maioria delas arquivadas. Entretanto, os casos que se transformaram em Processos Disciplinares, têm grandes chances de penalizações (60,5%). Ao final do trabalho o autor conjectura sobre as possíveis causas dos urologistas terem poucas reclamações no CREMESP. É de se esperar que esses dados contribuam de forma igualmente preventiva, para que a Urologia e os urologistas tenham menores entraves éticos, o que trará maior prestígio e notoriedade à especialidade e aos especialistas.