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Abstract
Neste artigo discutimos o conflito violento na Guiné-Bissau (1998-1999) e as intervenções para a Paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) neste pequeno país lusófono. Traçamos como objetivo analisar as influências das dinâmicas históricas, regionais, e institucionais tanto na eclosão da violência armada como nos processos de paz liderados pela CEDEAO. Defendemos que as contradições existentes na Guiné-Bissau e que incitaram a violência armada de 1998-1999 são consequências do processo colonial e das dinâmicas interétnicas originadas/fomentadas na luta armada para a independência do país, da forma como se processou a transição de poder de Portugal para o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e as dinâmicas de poder emergidas no pós-independência, mas propriamente, depois do golpe militar de 1980. Á luz dessa abordagem histórica, do exame das dinâmicas regionais e institucionais (CEDEAO) e sob a égide dos Estudos para Paz e dos Estudos Críticos de Segurança, argumentamos que as intervenções para a paz da CEDEAO na Guiné-Bissau ficaram marcadas pelas disputas, luta pelo protagonismo entre as ex-potências coloniais.