Izumi Nozaki, Eliseu Pichitelli, C. Figueiredo, Itamar Jose Bressan, Rinalda Bezerra Carlos
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Abstract
Durante a implantação das mais recentes reformas, ocorreu a pandemia da COVID-19, que levou à substituição do ensino presencial pelo ensino remoto. Neste novo contexto de trabalho, os professores iniciantes foram os mais afetados devido à falta de formação para o ensino a distância e também para a implantação da nova base curricular. Por este motivo, o presente estudo buscou ouvir cinco professoras em estágio probatório, da rede pública do Estado de Mato Grosso, para compreender de que forma elas confrontaram e geriram as mudanças impostas pela pandemia. O estudo de natureza qualitativa e exploratória foi desenvolvido utilizando a técnica da auto-confrontação, apoiada na Teoria da Clínica da Atividade, e as respostas a duas perguntas, a saber “como foi a experiência de gravar uma aula” e “quais são as condições de trabalho visíveis e invisíveis no vídeo que levaram você a realizar a atividade tal como realizou” foram analisadas utilizando-se a abordagem da “leitura positiva”. Em síntese, o estudo revelou, de um lado, a falta de condições tecnológicas tanto dos alunos como dos professores, e de outro, uma reação fortemente assertiva por parte das cinco professoras em face às mudanças e também uma atitude sensível perante o outro (pais e crianças) mais frágil e vulnerável. Com isto, o estudo concluiu que essas professoras iniciantes são pessoas que se formaram com valores predominantes como a solidariedade que fazem parte dos ideais da Nova República, mas hoje se encontram exatamente entre as velhas e as novas reformas da educação.