Anabela Ramos, Beatriz Pacheco, Jennifer Emily Anunciação Sousa, J. Petrilli, Gustavo Nunes de Oliveira Costa
{"title":"Cobertura vacinal e o movimento antivacina: o impacto na saúde pública no Brasil","authors":"Anabela Ramos, Beatriz Pacheco, Jennifer Emily Anunciação Sousa, J. Petrilli, Gustavo Nunes de Oliveira Costa","doi":"10.22278/2318-2660.2023.v47.n1.a3831","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A vacina constitui um dos principais métodos de prevenção contra doenças. Em 1973, o Brasil criou o Programa Nacional de Imunizações a fim de promover a imunização gratuita para a população, o que mais tarde tornou o país em referência mundial em vacinação. No entanto, a recusa vacinal ainda é um grande problema de saúde pública, sendo o movimento antivacina um dos destaques dessa realidade. Dessa forma, o objetivo deste artigo é avaliar como o movimento antivacina impacta na saúde pública no Brasil através da diminuição da cobertura vacinal. Trata-se de uma pesquisa de metodologia mista, com uma primeira etapa qualitativa, composta de uma revisão integrativa nas plataformas PubMed, LILACS e SciELO, no período de 2010 a 2020, e uma pesquisa documental em portais de movimentos antivacina; e uma segunda etapa quantitativa, em que foi realizado um estudo epidemiológico do tipo ecológico, com consulta nas bases eletrônicas do Datasus e no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), no período de 2010 a 2022. No período investigado, apenas em 2015 o Brasil alcançou a meta preconizada de cobertura vacinal, diferentemente dos anos seguintes, que apresentaram oscilações preocupantes. As publicações apresentam argumentos utilizados pelos grupos antivacina, evidenciados entre 2015 e 2019, período em que os dados de cobertura vacinal oscilaram. Assim, conclui-se que a ascensão do movimento antivacina é um dos fatores que influenciaram na queda da vacinação no Brasil, a exemplo do sarampo e da febre amarela.","PeriodicalId":306125,"journal":{"name":"Revista Baiana de Saúde Pública","volume":"222 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Baiana de Saúde Pública","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22278/2318-2660.2023.v47.n1.a3831","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A vacina constitui um dos principais métodos de prevenção contra doenças. Em 1973, o Brasil criou o Programa Nacional de Imunizações a fim de promover a imunização gratuita para a população, o que mais tarde tornou o país em referência mundial em vacinação. No entanto, a recusa vacinal ainda é um grande problema de saúde pública, sendo o movimento antivacina um dos destaques dessa realidade. Dessa forma, o objetivo deste artigo é avaliar como o movimento antivacina impacta na saúde pública no Brasil através da diminuição da cobertura vacinal. Trata-se de uma pesquisa de metodologia mista, com uma primeira etapa qualitativa, composta de uma revisão integrativa nas plataformas PubMed, LILACS e SciELO, no período de 2010 a 2020, e uma pesquisa documental em portais de movimentos antivacina; e uma segunda etapa quantitativa, em que foi realizado um estudo epidemiológico do tipo ecológico, com consulta nas bases eletrônicas do Datasus e no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), no período de 2010 a 2022. No período investigado, apenas em 2015 o Brasil alcançou a meta preconizada de cobertura vacinal, diferentemente dos anos seguintes, que apresentaram oscilações preocupantes. As publicações apresentam argumentos utilizados pelos grupos antivacina, evidenciados entre 2015 e 2019, período em que os dados de cobertura vacinal oscilaram. Assim, conclui-se que a ascensão do movimento antivacina é um dos fatores que influenciaram na queda da vacinação no Brasil, a exemplo do sarampo e da febre amarela.