{"title":"As relações entre o Estado e a população pobre e negra no Brasil: necropolítica tropical","authors":"Waldenilson Teixeira Ramos, Débora Inêz Brandão, Mauro Andrade Silva, Danichi Hausen Mizoguchi","doi":"10.5565/rev/qpsicologia.1784","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo aborda algumas diretrizes fortes da necropolítica tropical; o racismo que opera nas relações entre o Estado e a população pobre e negra no Brasil. Notadamente, este trabalho interessa-se pela política mortífera executada pelas polícias, que não hesitam em matar pessoas que habitam territórios periféricos dos grandes centros urbanos do país. Sabe-se que essa relação não é nova, ao contrário, advém dos tempos da escravidão institucional. Todavia, intentamos aqui, amparados em Joaquín Torres-García, Michel Foucault e Achille Mbembe, forjar pistas para uma espécie de ascese negra como enfrentamento não só da dimensão necropolítica do capitalismo contemporâneo, mas também de todo maquinário por ele forjado a partir das relações coloniais.","PeriodicalId":308912,"journal":{"name":"Quaderns de Psicologia","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Quaderns de Psicologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1784","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
O presente artigo aborda algumas diretrizes fortes da necropolítica tropical; o racismo que opera nas relações entre o Estado e a população pobre e negra no Brasil. Notadamente, este trabalho interessa-se pela política mortífera executada pelas polícias, que não hesitam em matar pessoas que habitam territórios periféricos dos grandes centros urbanos do país. Sabe-se que essa relação não é nova, ao contrário, advém dos tempos da escravidão institucional. Todavia, intentamos aqui, amparados em Joaquín Torres-García, Michel Foucault e Achille Mbembe, forjar pistas para uma espécie de ascese negra como enfrentamento não só da dimensão necropolítica do capitalismo contemporâneo, mas também de todo maquinário por ele forjado a partir das relações coloniais.