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Abstract
A produção de artistas indígenas não apenas coloca em cheque a universalidade da história da arte e seus dispositivos históricos e estéticos de invisibilidade, como também problematiza o pensamento utilitarista, etnocêntrico e antropocêntrico do “povo da mercadoria”, mostrando que racismo e antropocentrismo, genocídio e ecocídio, são dois lados de uma mesma moeda, tentativas de justificar a dominação e a destruição da natureza, de invalidar a relação de pertencimento que os povos originários têm com a terra, o fazer corpo com a terra, com o solo e com o planeta. A estética cosmopolítica da arte indígena contemporânea nos ensina, assim, formas outras de resistência e de existência, concepções outras de ser e de mundo, de ser no mundo, de ser-com o mundo.