{"title":"MUSEU XUCURUS: O SILÊNCIO DO ACERVO E AS POLIFONIAS DOS SUJEITOS","authors":"L. Ferro, J. Peixoto","doi":"10.22456/1982-6524.100609","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta narrativas sobre o Museu Xucurus de História, Arte e Costumes, localizado no prédio da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Palmeira dos Índios, Alagoas. Apesar do nome fazer homenagem aos indígenas, os Xukuru-Kariri não se sentem representados pelo acervo. Desde a sua fundação, o museu é palco de embates entre a prefeitura, a sociedade e a diocese e com o passar dos anos, se converteu em um espaço de dualidades entre o instituído e o desejado, pois apresenta um acervo sem tratamento ou catalogação e a exposição não dialoga entre si, nem com a cultura local. Teoricamente nos amparamos em Schwarcz (2008), Clifford (1994), Chagas (2007), De L'Estoile (2011), Silva e Gordon (2011) para compreender a gênese das disputas que culminaram na tentativa de transferir o acervo para outro espaço. Metodologicamente, entrevistamos lideranças indígenas, membros do Conselho Municipal de Cultura, o Prefeito e a Secretária de Cultura para ouvir narrativas e argumentos dos principais envolvidos no imbróglio, principalmente os indígenas que nomeiam o museu e não são consultados sobre a exposição de seus artefatos.","PeriodicalId":423979,"journal":{"name":"Espaço Ameríndio","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Espaço Ameríndio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1982-6524.100609","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo apresenta narrativas sobre o Museu Xucurus de História, Arte e Costumes, localizado no prédio da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Palmeira dos Índios, Alagoas. Apesar do nome fazer homenagem aos indígenas, os Xukuru-Kariri não se sentem representados pelo acervo. Desde a sua fundação, o museu é palco de embates entre a prefeitura, a sociedade e a diocese e com o passar dos anos, se converteu em um espaço de dualidades entre o instituído e o desejado, pois apresenta um acervo sem tratamento ou catalogação e a exposição não dialoga entre si, nem com a cultura local. Teoricamente nos amparamos em Schwarcz (2008), Clifford (1994), Chagas (2007), De L'Estoile (2011), Silva e Gordon (2011) para compreender a gênese das disputas que culminaram na tentativa de transferir o acervo para outro espaço. Metodologicamente, entrevistamos lideranças indígenas, membros do Conselho Municipal de Cultura, o Prefeito e a Secretária de Cultura para ouvir narrativas e argumentos dos principais envolvidos no imbróglio, principalmente os indígenas que nomeiam o museu e não são consultados sobre a exposição de seus artefatos.
这篇文章介绍了关于历史、艺术和习俗博物馆的叙述,该博物馆位于阿拉格斯Palmeira dos indios的Nossa Senhora do rosario教堂大楼。虽然这个名字是为了向土著居民致敬,但Xukuru-Kariri并不觉得自己是收藏品的代表。成立以来,博物馆是城市之间的冲突阶段,社会和主教区,随着时间的推移,成为他们之间建立的地方,其工作,因为有一个库中没有治疗或等级和展览之间的对话,也与当地的文化。从理论上讲,我们依赖于Schwarcz (2008), Clifford (1994), Chagas (2007), De L'Estoile (2011), Silva和Gordon(2011)来理解争端的起源,这些争端最终试图将收集转移到另一个空间。在方法上,我们采访了土著领导人、市文化委员会成员、市长和文化部长,以听取参与这场混乱的主要人物的叙述和论点,特别是命名博物馆的土著人民,他们没有就他们的文物展览征求意见。