{"title":"A DECISÃO JUDICIAL NO ENTREATO DA SUBJETIVIDADE E DA OBJETIVIDADE:","authors":"Débora de Souza De Almeida","doi":"10.15304/DEREITO.29.2.6965","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Na área processual penal, muito se discute acerca da problemática da influência de fatores extralegais ou extrajurídicos nas decisões judiciais, as quais, segundo a Teoria da Reação Social, materializam um dos âmbitos do processo de criminalização secundária. O juiz-homem, enquanto um ser-no-mundo, está sujeito aos influxos de seu entorno, numa dinâmica que, consoante a literatura criminológica, formará em maior ou menor medida as suas meta-regras, responsáveis por influenciar sua forma de ver e interpretar o mundo. Nesta direção, o artigo que ora se apresenta trata, ainda que brevemente, da atividade interpretativa do juiz, e, neste tanto, da incidência das meta-regras enquanto fatores extralegais ou extrajurídicos na decisão judicial penal. Neste embalo, haverá espaço para a abordagem das condições de neutralidade e de imparcialidade no exercício da função jurisdicional, assinalando incidentalmente as Teorias da Espiral do Silêncio e da Dissonância Cognitiva. Por derradeiro, mas sem esgotar o tema, serão apontadas algumas alternativas para tornar efetiva a garantia da imparcialidade ante o ilusório estado de neutralidade, associando ao debate notas sobre os modelos do juspaleopositivismo e do ativismo judicial. ","PeriodicalId":360470,"journal":{"name":"Dereito: revista xurídica da Universidade de Santiago de Compostela","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-01-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Dereito: revista xurídica da Universidade de Santiago de Compostela","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15304/DEREITO.29.2.6965","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Na área processual penal, muito se discute acerca da problemática da influência de fatores extralegais ou extrajurídicos nas decisões judiciais, as quais, segundo a Teoria da Reação Social, materializam um dos âmbitos do processo de criminalização secundária. O juiz-homem, enquanto um ser-no-mundo, está sujeito aos influxos de seu entorno, numa dinâmica que, consoante a literatura criminológica, formará em maior ou menor medida as suas meta-regras, responsáveis por influenciar sua forma de ver e interpretar o mundo. Nesta direção, o artigo que ora se apresenta trata, ainda que brevemente, da atividade interpretativa do juiz, e, neste tanto, da incidência das meta-regras enquanto fatores extralegais ou extrajurídicos na decisão judicial penal. Neste embalo, haverá espaço para a abordagem das condições de neutralidade e de imparcialidade no exercício da função jurisdicional, assinalando incidentalmente as Teorias da Espiral do Silêncio e da Dissonância Cognitiva. Por derradeiro, mas sem esgotar o tema, serão apontadas algumas alternativas para tornar efetiva a garantia da imparcialidade ante o ilusório estado de neutralidade, associando ao debate notas sobre os modelos do juspaleopositivismo e do ativismo judicial.