{"title":"A questão da sátira e a figuração do humanitismo em Memórias póstumas de Brás Cubas","authors":"Ana Laura Dos Reis Corrêa","doi":"10.34096/interlitteras.n1.7221","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":" \nEste texto procura responder, de forma inicial, a questões propostas pelo recorrente modo de composição da narrativa adotado por Machado de Assis, mais visivelmente, após a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas em 1880. Em nossa hipótese, tal modo de compor alcança um potente efeito realista, ao se alicerçar no método criador da sátira. A presença da sátira na obra de Machado de Assis já foi estuda por diversos de seus críticos, sendo entendida como uma filiação formal à sátira menipeia e à tradição luciânica, mas não como uma alavanca para erguer o realismo de suas obras. Encontramos no texto de G. Lukács “A questão da sátira” uma problematização que nos pareceu consistente, instigante e adequada para examinar o lugar da sátira na composição das Memórias póstumas, especialmente no que diz respeito ao contraste imediato entre essência e fenômeno exigido pela figuração satírica. Como não é possível, neste artigo, abarcar de forma detalhada a totalidade do romance de Machado, elegemos o Capítulo CXVII “O Humanitismo”, como objeto de análise, pois, pela sua profunda articulação com o conjunto da narrativa, pode nos dizer muito sobre a presença da sátira como método criador que garante o alcance realista da obra como um todo.","PeriodicalId":302165,"journal":{"name":"Inter Litteras","volume":"118 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Inter Litteras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34096/interlitteras.n1.7221","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este texto procura responder, de forma inicial, a questões propostas pelo recorrente modo de composição da narrativa adotado por Machado de Assis, mais visivelmente, após a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas em 1880. Em nossa hipótese, tal modo de compor alcança um potente efeito realista, ao se alicerçar no método criador da sátira. A presença da sátira na obra de Machado de Assis já foi estuda por diversos de seus críticos, sendo entendida como uma filiação formal à sátira menipeia e à tradição luciânica, mas não como uma alavanca para erguer o realismo de suas obras. Encontramos no texto de G. Lukács “A questão da sátira” uma problematização que nos pareceu consistente, instigante e adequada para examinar o lugar da sátira na composição das Memórias póstumas, especialmente no que diz respeito ao contraste imediato entre essência e fenômeno exigido pela figuração satírica. Como não é possível, neste artigo, abarcar de forma detalhada a totalidade do romance de Machado, elegemos o Capítulo CXVII “O Humanitismo”, como objeto de análise, pois, pela sua profunda articulação com o conjunto da narrativa, pode nos dizer muito sobre a presença da sátira como método criador que garante o alcance realista da obra como um todo.
本文试图以一种初步的方式回答马沙多·德·阿西斯(Machado de Assis)反复出现的叙事构成模式所提出的问题,最明显的是,在1880年bras古巴死后回忆录出版后。在我们的假设中,这种创作方式以讽刺的创作方法为基础,达到了强大的现实效果。马沙多·德·阿西斯作品中讽刺的存在已经被他的许多评论家研究过,被理解为对梅尼佩讽刺和卢西亚传统的正式依恋,但不是提高他作品现实主义的杠杆。在G. lukacs的文本《讽刺的问题》中,我们发现了一个问题化,在我们看来,这个问题化似乎是一致的、发人深省的,并且足以检验讽刺在死后记忆构成中的地位,特别是关于讽刺形象所要求的本质和现象之间的直接对比。不怎么可能,本文详细,包括整个小说的斧头,选CXVII章“的Humanitismo”,作为分析的对象,对,在深厚的与整个故事可以告诉我们很多关于讽刺作为方法的出现创造了现实的保证范围工作作为一个整体。