{"title":"Paulo Margutti & José Crisóstomo de Souza sobre o artigo “Nota sobre linguagem e realidade, práticas e coisas”","authors":"Paulo Margutti, José Crisóstomo de Souza","doi":"10.23925/2316-5278.2019v20i1p150-158","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Paulo Margutti e José Crisóstomo discutem sobre a possiblidade ou a impossibilidade de ultrapassar o representacionismo correspondentista e principalmente o eventual linguocentrismo da filosofia contemporânea, pós-virada linguística, em que parece que da linguagem pode-se passar apenas à linguagem, a cujo círculo mágico estaríamos, desse modo, inevitavelmente presos. Sendo assim, o mundo “aí fora” novamente nos escapa e o relativismo, o agnosticismo e o ceticismo de novo nos espreitam. Em Nietzsche, é a linguagem, sempre metafórica, que se adéqua aos nossos modos prático-perspectivistas, corpóreos e afetivos, de “recortar” o mundo, ou é o contrário? E em Maturana, o que vem primeiro? Para Crisóstomo, para quem no começo está o ato, ultrapassamos tudo isso através de nosso emaranhamento prático com o mundo, por meio da natureza sensível criativa de nossas práticas e pela tradução de crenças em condutas. Enquanto que, para Margutti, nada disso parece deslocar a primazia incontornável da linguagem, como prática ela própria. Sobre isso, Margutti pergunta pelo suposto aproveitamento, por Crisóstomo, no seu ponto de vista prático-poiético criativo, em versão alegadamente não idealista nem dualista, da noção de autoconsciência, central no idealismo alemão.","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"357 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cognitio: Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2019v20i1p150-158","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Paulo Margutti e José Crisóstomo discutem sobre a possiblidade ou a impossibilidade de ultrapassar o representacionismo correspondentista e principalmente o eventual linguocentrismo da filosofia contemporânea, pós-virada linguística, em que parece que da linguagem pode-se passar apenas à linguagem, a cujo círculo mágico estaríamos, desse modo, inevitavelmente presos. Sendo assim, o mundo “aí fora” novamente nos escapa e o relativismo, o agnosticismo e o ceticismo de novo nos espreitam. Em Nietzsche, é a linguagem, sempre metafórica, que se adéqua aos nossos modos prático-perspectivistas, corpóreos e afetivos, de “recortar” o mundo, ou é o contrário? E em Maturana, o que vem primeiro? Para Crisóstomo, para quem no começo está o ato, ultrapassamos tudo isso através de nosso emaranhamento prático com o mundo, por meio da natureza sensível criativa de nossas práticas e pela tradução de crenças em condutas. Enquanto que, para Margutti, nada disso parece deslocar a primazia incontornável da linguagem, como prática ela própria. Sobre isso, Margutti pergunta pelo suposto aproveitamento, por Crisóstomo, no seu ponto de vista prático-poiético criativo, em versão alegadamente não idealista nem dualista, da noção de autoconsciência, central no idealismo alemão.