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Abstract
Quem paga o preco com o desmonte do Programa Rio Sem Homofobia (RSH) pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro? O que possibilita anunciar uma politica como sucedida ou fracassada? Quais as condicoes necessarias para execucao de servicos publicos para a populacao LGBTI? Tal qual a genealogia trabalhada por Michel Foucault, o presente texto recupera registros relativos a alguns momentos do Programa Rio Sem Homofobia para compreensao de lutas, movimentos e processos historicos em operacao. Nao se trata de uma busca exaustiva e conclusiva de informacoes, e nem mesmo uma tentativa de desvelar um passado supostamente verdadeiro e definitivo. Nao obstante, acreditamos que este texto pode colaborar para a compreensao do tempo presente e nao responder mas, ao menos, tentar extrair implicacoes das perguntas formuladas. O texto esta dividido em seis itens, organizado a partir da nocao de constelacao de Walter Benjamin, a agrupar diferentes ideias por semelhancas provisorias. Primeiro, a apresentacao de marcadores metodologicos. Segundo, o funcionamento do RSH na ultima gestao do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Terceiro, a analise de processos relacionados a concepcao, inauguracao e implementacao do Programa. Quarto, a discussao referente a servicos anteriores ao RSH, executados por movimentos sociais, com financiamento publico. Quinto, a critica as narrativas de sucesso, numa tentativa de possibilitar miradas diferentes sobre o presente. Por fim, o apontamento para experiencias e responsabilidades que ainda (nos) restam.