GESTÃO DE SAÚDE DOS HOSPITAIS ACREDITADOS NO PADRÃO ONA

Abstract

INTRODUÇÃO: O processo de qualidade em saúde originou-se no século passado, quando foi formado o Colégio Americano de Cirurgiões (CAC) que constituiu por volta de 1924 o Programa de Padronização Hospitalar – PPH. Neste programa definiu-se um conjunto de padrões que garantia a qualidade na assistência prestada. No Brasil, a acreditação teve início formalizado em novembro de 1998 no Congresso Internacional de Qualidade na Assistência à Saúde em Budapeste, onde um instrumento nacional foi desenvolvido, mais tarde elaborou-se propostas para o Sistema Nacional de Acreditação. O processo de acreditação é um dispositivo que avalia e certifica instituições de saúde que buscam, por meio de padrões e requisitos previamente definidos, proporcionar qualidade e segurança na assistência prestada tanto ao paciente quanto ao colaborador, sendo composto por três tipos de certificação (acreditado, acreditado pleno e acreditado excelência). São avaliadas todas as áreas de atividades da instituição, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. OBJETIVO: Descrever sobre as instituições de saúde públicas e privadas brasileiras acreditadas no padrão ONA. METODOLOGIA: A pesquisa tem caráter descritivo transversal. Realizada na plataforma da Organização Nacional de Saúde (ONA). A coleta de dados ocorreu no mês de outubro e novembro de 2021, através de descritores da própria plataforma on-line, sendo elaborada uma tabulação na plataforma Excel. RESULTADOS: O estudo demostrou a predominância de acreditação hospitalar na Região Sudeste do país (180 instituições), apresentando os maiores resultados. Um fator determinante foi que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo participaram do início da acreditação no país. CONCLUSÃO: O estudo evidenciou que o número de acreditação é maior nos hospitais privados quando comparado aos públicos. As regiões que apresentam maior números de intuições acreditadas, são as regiões que socioeconomicamente são mais avançadas. Outro fator que também contribui para que essas regiões se destaquem é o investimento governamental ou privado no setor em saúde. As regiões que apresentam menores números são as regiões mais empobrecidas do país, onde ainda as condições em saúde são mais vulneráveis e socioeconomicamente mais defasadas, contribuindo assim para o lento andar da gestão de qualidade.