Miguel Bonumá Brunet, Leonardo Mota de Andrade, Nerio Aparecido Cardoso
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Abstract
O declínio em indicadores sociais e econômicos no Brasil na segunda década do século 21 abre a questão sobre quais serão os impactos dessa conjuntura negativa sobre as gerações jovens. Analisamos esse cenário aliando a teoria sobre fratura geracional com a teoria bourdieusiana de classe, em especial o conceito de efeito de trajetória, para compreender as estratégias dos agentes sociais a partir da relação entre estrutura de capitais e instrumentos de reprodução de capital. Utilizamos uma técnica de análise de correspondência para construir um mapa das variáveis com dados da Pnad-C do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparando a situação da geração jovem entre 2012 e 2019. Os resultados apontam para uma redução das ocupações de classe média no Brasil, que foi mais sentida pela geração jovem, bem como para o aumento de jovens com alta escolaridade em classes de trabalhadores manuais. Essas evidências apontam indícios de uma possível fratura geracional na segunda década do século 21.