Alexsandro Elias Arbarotti, Rodrigo Constante Martins
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Abstract
O objetivo do presente artigo é analisar como as mudanças climáticas são percebidas e impactam o modo de produção e a existência sócio cultural dos assentados rurais da reforma agrária, por meio de um estudo de caso no maior Assentamento do estado de São Paulo. Os dados empíricos foram coletados a partir de trabalhos de campo realizados entre os anos de 2014 e 2017 dentro da perspectiva da história oral. Fora tomado como evento balizador da análise a crise hídrica vivida no estado de São Paulo no ano de 2014, tida como o maior período de estiagem vivido no estado. Os resultados mostraram que esse evento foi tido como a expressão de um processo que é percebido pelos assentados há muito tempo. Segundo os relatos está cada vez mais difícil produzir, pois não é mais possível saber quando vai chover. Esse cenário produz uma situação de incertezas, medos e angústias em relação ao futuro pessoal e do planeta. A verificação desse ambiente de ausência de futuro é tomada no artigo como um elemento chave para a construção de uma nova ordem social e ambiental que leve em conta todos os viventes.