{"title":"ANÁLISE GENÉTICA E IMUNOLÓGICA DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA","authors":"Regiany Calazans Lameira, Elizeth Miyashiro Alexandre Marques, Wilma Lúcia Marques Stival Pina, Thomas Antônio Machado Dos Santos, Iklezia Henrique Pereira Martins Marinho","doi":"10.51161/geneticon/9128","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que gera fraqueza e atrofia muscular por comprometimento dos neurônios motores. Apresenta-se de forma hereditária ou esporádica com incidência rara de 2/100.000 pessoas ao ano. A maioria das pessoas acometidas pela doença possuem mais de 50 anos, com média de sobrevida de 2 a 5 anos. Seu mecanismo fisiopatológico se dá por um conjunto de alterações bioquímicas e celulares que induzem a degeneração dos motoneurônios. O diagnóstico baseia-se na anamnese do paciente, exames neurofisiológicos de imagem, laboratoriais e genéticos. Não há cura para a doença, por isso, o tratamento é sintomatológico e visa melhorar a qualidade de vida do paciente. Objetivo: Compreender a etiopatogenia em relação aos aspectos genéticos e imunológicos que desencadeiam a Esclerose Lateral Amiotrófica. Métodos: A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica de artigos sobre a ELA encontrados nas plataformas digitais Google Acadêmico, Scielo e pelo Sistema de informação do Ministério da Saúde. Resultados: A ELA esporádica possui um mecanismo etiopatogênico multifatorial, destacando-se, a excitotoxicidade do neurotransmissor glutamato. Já a ELA familiar segue um padrão de herança autossômica dominante, identificando mutações em 16 locus, sendo os mais comuns nos genes C9orf72 e SOD1. O gene SOD1 codifica a enzima superóxido dismutase podendo ser correlacionada a autoimunidade, assim como, sua participação na ELA pode ocorrer através de uma ação tóxica pelo acúmulo intracelular devido ao recrudescimento da ligação com a proteína ubiquitina, pela alteração de proteassomos, efeito amiloide e ocorrência de lesão secundária nas mitocôndrias. Portanto, estima-se que o sistema imunológico esteja ligado a doença, uma vez que vários autoanticorpos são encontrados na ELA, nos quais são direcionados, por exemplo, contra canais de cálcio e neurofilamentos. Conclusão: Assim, a ELA é uma doença neurodegenerativa relacionada a um fator genético, o qual sua expressão clínica relaciona-se com algum fator de exposição dessa pessoa, como um gatilho para o desenvolvimento degenerativo do motoneurônio. Além disso, tem causa multifatorial e apresenta expressiva visibilidade da mídia, do público, que acaba promovendo novos estudos. ","PeriodicalId":398791,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Nacional de Pesquisas e Estudos Genéticos On-line","volume":"114 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do I Congresso Nacional de Pesquisas e Estudos Genéticos On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/geneticon/9128","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que gera fraqueza e atrofia muscular por comprometimento dos neurônios motores. Apresenta-se de forma hereditária ou esporádica com incidência rara de 2/100.000 pessoas ao ano. A maioria das pessoas acometidas pela doença possuem mais de 50 anos, com média de sobrevida de 2 a 5 anos. Seu mecanismo fisiopatológico se dá por um conjunto de alterações bioquímicas e celulares que induzem a degeneração dos motoneurônios. O diagnóstico baseia-se na anamnese do paciente, exames neurofisiológicos de imagem, laboratoriais e genéticos. Não há cura para a doença, por isso, o tratamento é sintomatológico e visa melhorar a qualidade de vida do paciente. Objetivo: Compreender a etiopatogenia em relação aos aspectos genéticos e imunológicos que desencadeiam a Esclerose Lateral Amiotrófica. Métodos: A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica de artigos sobre a ELA encontrados nas plataformas digitais Google Acadêmico, Scielo e pelo Sistema de informação do Ministério da Saúde. Resultados: A ELA esporádica possui um mecanismo etiopatogênico multifatorial, destacando-se, a excitotoxicidade do neurotransmissor glutamato. Já a ELA familiar segue um padrão de herança autossômica dominante, identificando mutações em 16 locus, sendo os mais comuns nos genes C9orf72 e SOD1. O gene SOD1 codifica a enzima superóxido dismutase podendo ser correlacionada a autoimunidade, assim como, sua participação na ELA pode ocorrer através de uma ação tóxica pelo acúmulo intracelular devido ao recrudescimento da ligação com a proteína ubiquitina, pela alteração de proteassomos, efeito amiloide e ocorrência de lesão secundária nas mitocôndrias. Portanto, estima-se que o sistema imunológico esteja ligado a doença, uma vez que vários autoanticorpos são encontrados na ELA, nos quais são direcionados, por exemplo, contra canais de cálcio e neurofilamentos. Conclusão: Assim, a ELA é uma doença neurodegenerativa relacionada a um fator genético, o qual sua expressão clínica relaciona-se com algum fator de exposição dessa pessoa, como um gatilho para o desenvolvimento degenerativo do motoneurônio. Além disso, tem causa multifatorial e apresenta expressiva visibilidade da mídia, do público, que acaba promovendo novos estudos.