{"title":"Proteção e Conservação da Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata)","authors":"Luiza Kopchinski Braga","doi":"10.54265/ouih3303","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), também conhecida como tartaruga-legítima, é uma espécie de réptil da família Cheloniidae, que está criticamente ameaçada de extinção. O presente resumo teve como eixo temático a pesquisa realizada acerca da necessidade de preservação desse animal cujo objetivo foi a conscientização acerca da importância dessa espécie para a manutenção do ecossistema marinho. O nome dado à tartaruga-de-pente deve-se ao uso que era feito de seu casco, que se tratava da fabricação de pentes, armações de óculos, entre outros artefatos. Essa espécie de tartaruga marinha vive em recifes de corais, em águas rasas, sendo raramente encontrada em grandes profundidades, estando presente principalmente em águas tropicais e subtropicais; e sua alimentação abrange vários tipos de animais, entre eles, esponjas, moluscos e crustáceos, que habitam as fendas dos recifes de corais. A metodologia de pesquisa utilizada envolveu a análise dos principais riscos de extinção dessa espécie (sendo esses a caça predatória, a captura incidental durante pescas com rede e o desenvolvimento costeiro, pois acarreta a ocupação da orla e alto nível de emissão de poluentes) e o levantamento de referências teóricas já analisadas, como o Projeto Científico Avaliação do Estado de Conservação da Tartaruga Marinha, Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) no Brasil. Mediante a pesquisa apresentada, foi possível estruturar um banco de dados a respeito do comportamento do animal e seu local de desova, assim, descrevendo um levantamento da quantidade de ninhos e estabelecendo uma base acerca da população restante de tartarugas-de-pente no Brasil. Para tartarugas marinhas, o número de ninhos é usualmente adotado como índice de abundância, segundo Meylan et al. (1995). A desova da tartaruga-depente ocorre, normalmente, à noite e no litoral dos estados da Bahia, de Sergipe, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do Ceará, do Espírito Santo e de Pernambuco. Sua área de destaque é o litoral norte da Bahia, em que é possível observar até mil desovas em período reprodutivo. Em cada postura, essas tartarugas podem colocar até 135 ovos, e o sexo de seus filhotes é determinado de acordo com a temperatura do ninho: quanto mais elevada a temperatura, maior o número de fêmeas a nascer. Portanto, é possível concluir que, no litoral baiano, que é uma grande área de desova, nasce um número maior de fêmeas quando comparado ao número de machos. Vale destacar que o aumento da temperatura do planeta pode causar sérios riscos às tartarugas-de-pente devido ao papel que aquela desempenha na determinação do sexo dos embriões. Além disso, por se tratar de espécie de natureza altamente migratória, mudanças de recursos alimentares, circulação de correntes marinhas e ventos podem comprometer seu ciclo de vida longo e complexo. Este resumo teve como propósito conscientizar e mobilizar a sociedade quanto a uma causa ambiental: a preservação da tartaruga-de-pente, desse modo, propiciando à população mais conhecimento sobre essas tartarugas marinhas e a importância da conservação e manutenção das praias nas quais ocorre a desova para que esses seres possam sempre migrar para um novo círculo de reprodução e perpetuação da espécie. PALAVRAS-CHAVE: Conservação, Eretmochelys imbricata, Preservação, Tartaruga marinha","PeriodicalId":138940,"journal":{"name":"Anais da Semana Online Científica de Veterinária - SOCVET","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais da Semana Online Científica de Veterinária - SOCVET","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/ouih3303","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), também conhecida como tartaruga-legítima, é uma espécie de réptil da família Cheloniidae, que está criticamente ameaçada de extinção. O presente resumo teve como eixo temático a pesquisa realizada acerca da necessidade de preservação desse animal cujo objetivo foi a conscientização acerca da importância dessa espécie para a manutenção do ecossistema marinho. O nome dado à tartaruga-de-pente deve-se ao uso que era feito de seu casco, que se tratava da fabricação de pentes, armações de óculos, entre outros artefatos. Essa espécie de tartaruga marinha vive em recifes de corais, em águas rasas, sendo raramente encontrada em grandes profundidades, estando presente principalmente em águas tropicais e subtropicais; e sua alimentação abrange vários tipos de animais, entre eles, esponjas, moluscos e crustáceos, que habitam as fendas dos recifes de corais. A metodologia de pesquisa utilizada envolveu a análise dos principais riscos de extinção dessa espécie (sendo esses a caça predatória, a captura incidental durante pescas com rede e o desenvolvimento costeiro, pois acarreta a ocupação da orla e alto nível de emissão de poluentes) e o levantamento de referências teóricas já analisadas, como o Projeto Científico Avaliação do Estado de Conservação da Tartaruga Marinha, Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) no Brasil. Mediante a pesquisa apresentada, foi possível estruturar um banco de dados a respeito do comportamento do animal e seu local de desova, assim, descrevendo um levantamento da quantidade de ninhos e estabelecendo uma base acerca da população restante de tartarugas-de-pente no Brasil. Para tartarugas marinhas, o número de ninhos é usualmente adotado como índice de abundância, segundo Meylan et al. (1995). A desova da tartaruga-depente ocorre, normalmente, à noite e no litoral dos estados da Bahia, de Sergipe, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, do Ceará, do Espírito Santo e de Pernambuco. Sua área de destaque é o litoral norte da Bahia, em que é possível observar até mil desovas em período reprodutivo. Em cada postura, essas tartarugas podem colocar até 135 ovos, e o sexo de seus filhotes é determinado de acordo com a temperatura do ninho: quanto mais elevada a temperatura, maior o número de fêmeas a nascer. Portanto, é possível concluir que, no litoral baiano, que é uma grande área de desova, nasce um número maior de fêmeas quando comparado ao número de machos. Vale destacar que o aumento da temperatura do planeta pode causar sérios riscos às tartarugas-de-pente devido ao papel que aquela desempenha na determinação do sexo dos embriões. Além disso, por se tratar de espécie de natureza altamente migratória, mudanças de recursos alimentares, circulação de correntes marinhas e ventos podem comprometer seu ciclo de vida longo e complexo. Este resumo teve como propósito conscientizar e mobilizar a sociedade quanto a uma causa ambiental: a preservação da tartaruga-de-pente, desse modo, propiciando à população mais conhecimento sobre essas tartarugas marinhas e a importância da conservação e manutenção das praias nas quais ocorre a desova para que esses seres possam sempre migrar para um novo círculo de reprodução e perpetuação da espécie. PALAVRAS-CHAVE: Conservação, Eretmochelys imbricata, Preservação, Tartaruga marinha