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Abstract
Ainda ainda não foram desenvolvidas normas brasileiras que padronizem a execução, aplicação e controle tecnológico de argamassas estabilizadas, havendo apenas orientações e cuidados provindos dos fabricantes. Além disso, há preocupação sobre a aplicação de argamassa estabilizada em fachadas devido a exposição, pois o sistema está sujeito a pressões ambientais estáticas e dinâmicas que contribuem para abertura de fissuras, facilitando a entrada de água e agentes agressivos. Dentro deste contexto, este trabalho objetivou avaliar argamassas estabilizadas fornecidas na cidade de Concórdia, SC. Para isso, iniciou-se com um questionário aos trabalhadores que aplicam a argamassa em obra. Então, analisou-se em laboratório as propriedades no estado fresco e endurecido das argamassas. Por fim, foi realizado comparativo da execução de cura na argamassa endurecida. Os resultados mostraram que as duas argamassas em estudo apresentaram alta retenção de água, o que pode ter influenciado na baixa resistência de aderência à tração da argamassa B, além disso, a cura por aspersão de água também reduziu a resistência de aderência à tração aos 28 dias das duas argamassas em estudo. E ainda, a cura submersa aumentou a resistência à compressão e à tração na flexão da argamassa A, no entanto, houve uma redução dessas propriedades para a argamassa B. Em relação as aplicações e procedimentos realizados por empresas participantes da pesquisa, os resultados mostraram que argamassa com tempo de estabilização de 36 e 48h são as mais utilizadas, que a maioria das aplicações é para assentamento, revestimento interno e externo de alvenarias, e que 92% das empresas não realizam cura em argamassas. Dessa forma, pôde-se concluir que não há um padrão de desempenho nas argamassas das duas empresas fornecedoras da cidade, demonstrando a importância do desenvolvimento de normas específicas para argamassas estabilizadas. Além disso, a redução nas propriedades físicas das amostras em que foi realizada cura pode demonstrar uma estratégia de dosagem, por parte das empresas, que prevê a não realização de cura no canteiro de obras.