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Abstract
As universidades são reconhecidas como produtoras e difusoras de conhecimento cientifico e tecnológico,e podem influenciar na geração e difusão de inovações. Para a realidade brasileira, a literatura aponta um volume relativamente baixo de interações entre universidades e organizações, considerando a imaturidade do Sistema Nacional de Inovação (SNI) do país. Além disso, entende-se que as universidades públicas, em comparação com as privadas, são instituições com maior presença no cenário de interações, pela trajetória histórica de constituição e desenvolvimento de mais longo prazo no sistema educacional e de ciência e tecnologia brasileiro, bem como pelo fato de usufruírem de mais recursos, tanto humanos quanto financeiros para a geração e transmissão de conhecimentos. Neste contexto, entende-se ser relevante compreender as interações estabelecidas de acordo com a natureza jurídica das universidades. Para tanto, foi realizado um estudo exploratório que utilizou dados secundários do censo do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq e do censo de educação superior do INEP para o ano de 2014. Os resultados indicaram que as universidades públicas possuem um número maior de registros de grupos de pesquisa, grupos de pesquisa interativos, doutores, mestres e outros recursos em relação às universidades privadas, sendo as principais áreas de conhecimento dos grupos interativos: ciência da saúde, ciências humanas e ciências exatas e da terra. Já os grupos interativos das universidades privadas são principalmente das áreas de ciências sociais aplicadas, engenharias e ciências biológicas. Outro resultado interessante, e surpreendente, foi o cálculo do grau de interação que apontou ter sido semelhante para os dois grupos de universidades analisados. Isso exige um olhar mais acurado e inclusivo do papel das universidades privadas no cenário da interação universidades-organizaçõesno Brasil.