Giovanna Walfredo de Carvalho Linhares, aime Angelo De Santiago Neto, Thiago Ribeiro de Carvalho
{"title":"TROMBOEMBOLISMO PULMONAR ASSOCIADO À COVID-19: PREVALÊNCIA E PROFILAXIA","authors":"Giovanna Walfredo de Carvalho Linhares, aime Angelo De Santiago Neto, Thiago Ribeiro de Carvalho","doi":"10.51161/hematoclil/159","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A Covid-19, doença pandêmica enfrentada nos últimos anos, pode acarretar desdobramentos como o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), uma obstrução de artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, diminuindo ou cessando o fluxo sanguíneo local. Especula-se que o SARS-CoV-2 tenha tropismo pelos pneumócitos tipo II, gerando uma hipercoagulabilidade que facilita a formação dos trombos pulmonares, mas tais mecanismos fisiopatológicos ainda não foram totalmente esclarecidos. Dessa maneira, é essencial conhecer a prevalência e as condutas adequadas para prevenir essa complicação tão incógnita e nociva. Objetivos: Analisar a apresentação do tromboembolismo pulmonar em pacientes com Covid-19 e suas características profiláticas. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada pela análise de cinco artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa entre 2020 e 2022, obtidos nas bases de dados SciELO e Pubmed. Os descritores pesquisados são “COVID-19” e “Tromboembolismo Pulmonar” e estão de acordo com o Sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Segundo a literatura estudada, é evidente a correlação entre complicações tromboembólicas e Covid-19, enfermidade de característica pró-trombótica acentuada. A tomografia computadorizada de tórax acusou TEP em 23% dos pacientes positivos para Covid-19, sendo homens e aqueles em ventilação mecânica os mais atingidos. Outro estudo aponta que 27% dos pacientes em tratamento intensivo com SARS-CoV-2 apresentaram tromboembolismo venoso confirmado por exames de imagem, sendo 81% deles TEP. Os artigos teceram discrepâncias em relação à profilaxia antitrombótica, visto que esta carece de estudos concretos e prospectivos sobre seus benefícios. É válido mencionar que o TEP sofre sobreposição dos demais sintomas pulmonares da Covid-19. Por esse motivo, para alguns autores, a administração de anticoagulantes já deve ser considerada em cenários de terapia intensiva e executada em altas doses para aqueles com formas severas da Covid-19. De fato, pacientes que recebiam heparina estavam associados a uma menor mortalidade. Conclusão: Perante o exposto, observa-se que a infecção pelo SARS-CoV-2 tem intrínseca relação com eventos tromboembólicos. Em contrapartida, ainda se sofre com a carência de estudos concretos que possam contribuir para a formulação de uma abordagem sistemática e comprovadamente eficiente para a redução dos índices de episódios de hipercoagulabilidade em pacientes no contexto da Covid-19.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"127 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/159","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A Covid-19, doença pandêmica enfrentada nos últimos anos, pode acarretar desdobramentos como o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), uma obstrução de artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, diminuindo ou cessando o fluxo sanguíneo local. Especula-se que o SARS-CoV-2 tenha tropismo pelos pneumócitos tipo II, gerando uma hipercoagulabilidade que facilita a formação dos trombos pulmonares, mas tais mecanismos fisiopatológicos ainda não foram totalmente esclarecidos. Dessa maneira, é essencial conhecer a prevalência e as condutas adequadas para prevenir essa complicação tão incógnita e nociva. Objetivos: Analisar a apresentação do tromboembolismo pulmonar em pacientes com Covid-19 e suas características profiláticas. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada pela análise de cinco artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa entre 2020 e 2022, obtidos nas bases de dados SciELO e Pubmed. Os descritores pesquisados são “COVID-19” e “Tromboembolismo Pulmonar” e estão de acordo com o Sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Segundo a literatura estudada, é evidente a correlação entre complicações tromboembólicas e Covid-19, enfermidade de característica pró-trombótica acentuada. A tomografia computadorizada de tórax acusou TEP em 23% dos pacientes positivos para Covid-19, sendo homens e aqueles em ventilação mecânica os mais atingidos. Outro estudo aponta que 27% dos pacientes em tratamento intensivo com SARS-CoV-2 apresentaram tromboembolismo venoso confirmado por exames de imagem, sendo 81% deles TEP. Os artigos teceram discrepâncias em relação à profilaxia antitrombótica, visto que esta carece de estudos concretos e prospectivos sobre seus benefícios. É válido mencionar que o TEP sofre sobreposição dos demais sintomas pulmonares da Covid-19. Por esse motivo, para alguns autores, a administração de anticoagulantes já deve ser considerada em cenários de terapia intensiva e executada em altas doses para aqueles com formas severas da Covid-19. De fato, pacientes que recebiam heparina estavam associados a uma menor mortalidade. Conclusão: Perante o exposto, observa-se que a infecção pelo SARS-CoV-2 tem intrínseca relação com eventos tromboembólicos. Em contrapartida, ainda se sofre com a carência de estudos concretos que possam contribuir para a formulação de uma abordagem sistemática e comprovadamente eficiente para a redução dos índices de episódios de hipercoagulabilidade em pacientes no contexto da Covid-19.