Celso Dal Ré Carneiro, Sueli Yoshinaga Pereira, F. Ricardi-Branco, P. Gonçalves
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Abstract
Percorremos 2021 concentrados na seleção e editoração dos 56 trabalhos que integram o volume 17 de Terræ Didatica, com a esperança de que um dia haverá maior controle sobre a pandemia de Covid-19 e seus terríveis efeitos, mas o desafio do combate ao vírus ainda demandará esforços dos pesquisadores, das autoridades e da população. As páginas da revista foram permeadas por resultados de pesquisas sobre os efeitos da pandemia na educação geocientífica, com destaque para propostas inovadoras, que revelam o potencial de contribuição das Ciências da Terra ao esforço coletivo de enfrentamento da catástrofe. Reunimos exemplos, ao longo do ano, bem como resultados experimentais e evidências notáveis, de que “as sociedades humanas precisam reaprender a se relacionar com a natureza” (Apresentação de Terræ Didatica, 2021). Plantam-se sementes de inovação quando o pesquisador-educador contextualiza aspectos da realidade local para trabalhar com seus alunos questões polêmicas sobre a relação entre as sociedades humanas e a natureza. Antes de iniciar o trabalho em sala-de-aula, porém, é necessário ampliar e reformular pontos-de-vista para problematizar temas sobre a complexa e intrincada teia da vida na Terra. Cada educador precisa se capacitar e aprofundar conhecimentos sobre a dinâmica ambiental. Os temas da Geoética e da Geoconservação inspiram pesquisas ininterruptas, ao mesmo tempo em que se acumulam estudos-de-caso sobre problemas significativos de degradação ambiental que podem ser mais bem compreendidos a partir das dificuldades elementares – e extremamente desiguais – vivenciadas pelas comunidades.
Não se trata de assuntos novos; são temas estudados e debatidos há um bom tempo. Contudo, após o evento crítico da pandemia, conceitos relacionados à dinâmica da Terra e aos impactos da interferência humana nos processos naturais virão à tona e poderão mostrar que o modelo de sociedade atual deixou de ser eficaz; ao contrário, revela-se frágil e agressivo aos ambientes terrestres e aos ecossistemas. Pequenas boas mudanças poderão advir, e a educação exercerá papel importante na mudança de paradigmas.