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Abstract
A recorrente controvérsia sobre o significado da América demonstra os dois fios trançados desde a fundação do país: a ideia dos Estados Unidos como “experimento democrático”, carregado de riscos e problemas, e o “destino manifesto”, o fervor patriótico que conduz os americanos a sua autoproclamação como povo eleito, incumbido de uma missão divina. Este artigo analisa, no plano geral, as manifestações do destino manifesto na experiência americana e, em particular, no governo de Donald Trump. O estudo foi delineado conforme as premissas de um ensaio, por conta de sua característica discursiva, argumentativa e expositiva. Utilizando os métodos de pesquisa exploratória e revisão bibliográfica, examinou-se os ciclos da história americana nos quais são confrontadas de forma alternada essas duas tendências. Discutiu-se as evidências e o nível de envolvimento do destino manifesto no governo Trump em termos religiosos, econômicos e culturais. Investigou-se um amplo encadeamento de percepções, desde as críticas a respeito da Teoria da América até a compreensão do destino manifesto como princípio justificador do processo de expansão territorial e ideológico dos EUA. A pesquisa constatou, na política interna e externa do governo Trump, tanto a narrativa messiânica do destino manifesto como alguns dos fundamentos geopolíticos e econômicos que caracterizam os governos conservadores americanos. Concluiu-se que o ar de originalidade e a ostentação desse governo precisam ser relativizados, pois suas ações, incluindo as evidências do destino manifesto, constituem aspectos retornáveis dos ciclos da história americana. Palavras-Chave: Ciclos da história americana; Destino manifesto; Trumpismo; Teoria da América; Liberalismo e Conservadorismo.