EDITORIAL - OSTEONECROSE DOS MAXILARES RELACIONADA A MEDICAMENTOS

Juscelino de Freitas Jardim
{"title":"EDITORIAL - OSTEONECROSE DOS MAXILARES RELACIONADA A MEDICAMENTOS","authors":"Juscelino de Freitas Jardim","doi":"10.25191/RECS.V4I1.3270","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O termo “osteonecrose dos maxilares relacionada a medicamentos” designa uma condição patológica relativamente conhecida, sendo definida como uma necrose avascular dos ossos gnáticos em pacientes que não tenham sido submetidos a doses de radioterapia e que fizeram uso de algum fármaco com potencial para seu desenvolvimento. Trata-se de uma séria morbidade desencadeada como efeito adverso de algumas drogas usadas no tratamento da osteoporose e quimioterapia antineoplásica, tendo ganhado notoriedade na última década em decorrência do número de casos relacionados com o uso de bisfosfonatos. \nSegundo Rodan e Reszka (2002), os bisfosfonatos representam uma classe de drogas que inibem a reabsorção óssea, mediada através do bloqueio de osteoclastos. Tais medicamentos podem ser administrados por via oral ou intravenosa e são usados, principalmente, para reduzir a perda de tecido ósseo em várias condições malignas (mieloma múltiplo, metástase de carcinoma de mama ou próstata para ossos), no tratamento da doença de Paget e para o controle da osteoporose. \nA administração oral (geralmente para tratamento de osteoporose) desses fármacos possui risco reduzido para desenvolvimento da osteonecrose. Por outro lado, essa desordem exibe uma prevalência maior quando seu uso ocorre por via injetável, como nas prescrições oncológicas para tratamento de tumores malignos e/ou metástases ósseas. Alguns fatores de risco para esta lesão são descritos na literatura, tais como o uso de bisfosfonatos intravenosos como o etidronato (Didronel®), pamidronato (Aredia®) e ácido zoledrônico (Zometa®), sendo este último o de maior potencial para este tipo de necrose. Além disso, fatores relacionados ao paciente como estado de saúde sistêmico, uso de drogas imunossupressoras, quaisquer infecções dentárias ou periodontais também são reportadas nessa categoria (Saad et al., 2011). \nÉ comum que, nos estágios iniciais deste padrão de necrose, os pacientes apresentem-se assintomáticos, excetuando-se os casos em que haja uma infecção secundária. A condição evolui progressivamente, podendo causar importantes áreas de exposição óssea e deiscência, podendo apresentar dor e hálito fétido e dor (MIGLIORATI; SIEGEL; ELTING, 2006). Em consequência do elevado número de artigos relacionando a osteonecrose ao uso de bisfosfonatos orais e injetáveis nos últimos anos, foi instaurada uma associação quase sinonímica entre estes fatores. Contudo, recentemente novas publicações têm reportado casos de osteonecrose após administração de outras composições farmacológicas, sendo de extrema importância o conhecimento sobre este novo elo de associação etiopatogênica. \nAs pesquisas em oncologia têm dado ênfase à criação de drogas específicas para componentes tumorais e, desta forma, reduzir os efeitos nos tecidos sadios. Tais agentes farmacológicos integram as chamadas “terapias alvo moleculares”, e se encontram intensamente investigadas objetivando atacar fenômenos como crescimento e sobrevivência de células malignas, através de anticorpos contra receptores específicos ou vias de sinalizações. Contudo, algumas publicações recentes mostram que essas drogas também estão relacionadas com complicações orais, tendo sido descritos alguns casos de osteonecroses em pacientes sob uso de agentes anti-angiogênicos e alguns agentes inibidores de reabsorção óssea (LESTERHUIS; HAANEN; PUNT, 2011). \nA angiogênese é definida como a formação de novos vasos sanguíneos, a partir de vasos pré-existentes, e é considerada um mecanismo essencial na manutenção e desenvolvimento de tumores malignos, possibilitando sua nutrição e crescimento e, portanto, apresenta-se como uma via em potencial para desenvolvimento de drogas-alvo moleculares. Casos de osteonecrose foram reportados em pacientes sob uso dessa classe de drogas, como Bevacizumab, Sorafenib e Sunitinib (Greuter et al., 2008; Christodoulou et al., 2009). \nDrogas-alvo também têm sido estudadas para reduzir a reabsorção óssea, e nesta categoria pode ser citado o Denosumab, que bloqueia diretamente o ligante de RANK, inibindo o amadurecimento dos osteoclastos6,10. Um estudo realizado comparando os efeitos do Denosumab com a Ácido Zoledrônico (Zometa) em 2.046 pacientes com câncer de mama demonstrou uma eficácia superior do Denosumab. Além disso, uma das complicações reportadas neste trabalho foi o desenvolvimento de osteonecrose dos maxilares. Dentre a população estudada, houve 20 casos de osteonecrose relacionados ao Denosumab, enquanto foram observados 14 casos associados ao uso de Zometa. Este trabalho realça o potencial efeito do Denosumab, causando mais casos de osteonecrose que o bisfosfonato mais potente em uso (STOPECK et al., 2009). \nA osteonecrose permanece como uma entidade de difícil manejo, não tendo ainda nenhum protocolo terapêutico sido consensualmente aceito. As estratégias de tratamento no âmbito odontológico devem ser voltadas para a prevenção e no controle local. Medidas que levem a saúde periodontal excelente devem ser tomadas, assim como remoção de toda infecção presente na boca. O tratamento poderá ser realizado sob uso de anestésico local convencional. Os procedimentos devem ser realizados visando-se o mínimo de traumas possíveis. Casos de infecção oral devem ser tratados com uso de antibioticoterapia agressiva. O tratamento do distúrbio já instalado é feito através de debridamento cirúrgico, irrigação local com clorexidina, curetagem e remoção de osso sequestrado, sendo seu prognóstico reservado. É essencial que a comunidade odontológica e demais profissionais da saúde estejam familiarizados com esta condição patológica assim como seus prováveis agentes desencadeadores, para que a atuação preventiva e a elaboração do melhor plano de tratamento possam ser concretizadas reduzindo riscos e intercorrências para o paciente (JARDIM, 2018).","PeriodicalId":403500,"journal":{"name":"Revista Expressão Católica Saúde","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-05-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Expressão Católica Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25191/RECS.V4I1.3270","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

O termo “osteonecrose dos maxilares relacionada a medicamentos” designa uma condição patológica relativamente conhecida, sendo definida como uma necrose avascular dos ossos gnáticos em pacientes que não tenham sido submetidos a doses de radioterapia e que fizeram uso de algum fármaco com potencial para seu desenvolvimento. Trata-se de uma séria morbidade desencadeada como efeito adverso de algumas drogas usadas no tratamento da osteoporose e quimioterapia antineoplásica, tendo ganhado notoriedade na última década em decorrência do número de casos relacionados com o uso de bisfosfonatos. Segundo Rodan e Reszka (2002), os bisfosfonatos representam uma classe de drogas que inibem a reabsorção óssea, mediada através do bloqueio de osteoclastos. Tais medicamentos podem ser administrados por via oral ou intravenosa e são usados, principalmente, para reduzir a perda de tecido ósseo em várias condições malignas (mieloma múltiplo, metástase de carcinoma de mama ou próstata para ossos), no tratamento da doença de Paget e para o controle da osteoporose. A administração oral (geralmente para tratamento de osteoporose) desses fármacos possui risco reduzido para desenvolvimento da osteonecrose. Por outro lado, essa desordem exibe uma prevalência maior quando seu uso ocorre por via injetável, como nas prescrições oncológicas para tratamento de tumores malignos e/ou metástases ósseas. Alguns fatores de risco para esta lesão são descritos na literatura, tais como o uso de bisfosfonatos intravenosos como o etidronato (Didronel®), pamidronato (Aredia®) e ácido zoledrônico (Zometa®), sendo este último o de maior potencial para este tipo de necrose. Além disso, fatores relacionados ao paciente como estado de saúde sistêmico, uso de drogas imunossupressoras, quaisquer infecções dentárias ou periodontais também são reportadas nessa categoria (Saad et al., 2011). É comum que, nos estágios iniciais deste padrão de necrose, os pacientes apresentem-se assintomáticos, excetuando-se os casos em que haja uma infecção secundária. A condição evolui progressivamente, podendo causar importantes áreas de exposição óssea e deiscência, podendo apresentar dor e hálito fétido e dor (MIGLIORATI; SIEGEL; ELTING, 2006). Em consequência do elevado número de artigos relacionando a osteonecrose ao uso de bisfosfonatos orais e injetáveis nos últimos anos, foi instaurada uma associação quase sinonímica entre estes fatores. Contudo, recentemente novas publicações têm reportado casos de osteonecrose após administração de outras composições farmacológicas, sendo de extrema importância o conhecimento sobre este novo elo de associação etiopatogênica. As pesquisas em oncologia têm dado ênfase à criação de drogas específicas para componentes tumorais e, desta forma, reduzir os efeitos nos tecidos sadios. Tais agentes farmacológicos integram as chamadas “terapias alvo moleculares”, e se encontram intensamente investigadas objetivando atacar fenômenos como crescimento e sobrevivência de células malignas, através de anticorpos contra receptores específicos ou vias de sinalizações. Contudo, algumas publicações recentes mostram que essas drogas também estão relacionadas com complicações orais, tendo sido descritos alguns casos de osteonecroses em pacientes sob uso de agentes anti-angiogênicos e alguns agentes inibidores de reabsorção óssea (LESTERHUIS; HAANEN; PUNT, 2011). A angiogênese é definida como a formação de novos vasos sanguíneos, a partir de vasos pré-existentes, e é considerada um mecanismo essencial na manutenção e desenvolvimento de tumores malignos, possibilitando sua nutrição e crescimento e, portanto, apresenta-se como uma via em potencial para desenvolvimento de drogas-alvo moleculares. Casos de osteonecrose foram reportados em pacientes sob uso dessa classe de drogas, como Bevacizumab, Sorafenib e Sunitinib (Greuter et al., 2008; Christodoulou et al., 2009). Drogas-alvo também têm sido estudadas para reduzir a reabsorção óssea, e nesta categoria pode ser citado o Denosumab, que bloqueia diretamente o ligante de RANK, inibindo o amadurecimento dos osteoclastos6,10. Um estudo realizado comparando os efeitos do Denosumab com a Ácido Zoledrônico (Zometa) em 2.046 pacientes com câncer de mama demonstrou uma eficácia superior do Denosumab. Além disso, uma das complicações reportadas neste trabalho foi o desenvolvimento de osteonecrose dos maxilares. Dentre a população estudada, houve 20 casos de osteonecrose relacionados ao Denosumab, enquanto foram observados 14 casos associados ao uso de Zometa. Este trabalho realça o potencial efeito do Denosumab, causando mais casos de osteonecrose que o bisfosfonato mais potente em uso (STOPECK et al., 2009). A osteonecrose permanece como uma entidade de difícil manejo, não tendo ainda nenhum protocolo terapêutico sido consensualmente aceito. As estratégias de tratamento no âmbito odontológico devem ser voltadas para a prevenção e no controle local. Medidas que levem a saúde periodontal excelente devem ser tomadas, assim como remoção de toda infecção presente na boca. O tratamento poderá ser realizado sob uso de anestésico local convencional. Os procedimentos devem ser realizados visando-se o mínimo de traumas possíveis. Casos de infecção oral devem ser tratados com uso de antibioticoterapia agressiva. O tratamento do distúrbio já instalado é feito através de debridamento cirúrgico, irrigação local com clorexidina, curetagem e remoção de osso sequestrado, sendo seu prognóstico reservado. É essencial que a comunidade odontológica e demais profissionais da saúde estejam familiarizados com esta condição patológica assim como seus prováveis agentes desencadeadores, para que a atuação preventiva e a elaboração do melhor plano de tratamento possam ser concretizadas reduzindo riscos e intercorrências para o paciente (JARDIM, 2018).
术语“药物相关颌骨坏死”指的是一种相对已知的病理状况,定义为未接受放射治疗且使用了具有发展潜力的药物的患者的颌骨无血管坏死。这是一种严重的发病率,由一些用于治疗骨质疏松症和抗肿瘤化疗的药物的不良影响引发,在过去十年中由于与使用双膦酸盐有关的病例数量而臭名昭著。根据Rodan和Reszka(2002)的研究,双膦酸盐是一类通过阻断破骨细胞介导的抑制骨吸收的药物。这些药物可以口服或静脉注射,主要用于减少各种恶性疾病(多发性骨髓瘤、乳腺癌或前列腺癌转移到骨骼)的骨组织损失,治疗佩吉特病和控制骨质疏松症。口服这些药物(通常用于治疗骨质疏松症)可降低骨坏死的风险。另一方面,当注射时,如在治疗恶性肿瘤和/或骨转移的肿瘤处方中,这种疾病表现出更高的患病率。文献中描述了这种损伤的一些危险因素,如静脉注射双膦酸盐,如依替膦酸(Didronel®)、帕米膦酸(Aredia®)和唑来膦酸(Zometa®),后者是这种类型坏死的最大潜在因素。此外,与患者相关的因素,如全身健康状况、免疫抑制药物的使用、任何牙齿或牙周感染也在这一类别中被报道(Saad et al., 2011)。在这种坏死模式的早期阶段,患者通常无症状,除非有继发性感染。这种情况逐渐发展,可能导致重要的骨暴露区域和开裂,可能表现为疼痛、臭口臭和疼痛(MIGLIORATI;西格尔;ELTING, 2006)。由于近年来大量的文章将骨坏死与口服和注射双膦酸盐的使用联系起来,这些因素之间建立了几乎同义的联系。然而,最近的出版物报道了在使用其他药物组合后骨坏死的病例,这是非常重要的知识,这一新的病因关联。肿瘤学研究的重点是为肿瘤成分创造特定的药物,从而减少对健康组织的影响。这些药物是所谓的“分子靶向疗法”的一部分,并通过针对特定受体或信号通路的抗体来攻击恶性细胞的生长和存活等现象。然而,最近的一些出版物表明,这些药物也与口腔并发症有关,在使用抗血管生成药物和一些骨吸收抑制剂(LESTERHUIS;HAANEN;猜测,2011)。血管生成是指新血管的形成,从已存在的血管,和被认为是一个关键机制在维护和发展的恶性肿瘤,它们的营养和生长,因此是一种潜在的方式发展目标药物分子。在使用贝伐单抗、索拉非尼和舒尼替尼等药物的患者中报道了骨坏死病例(Greuter et al., 2008;Christodoulou等人,2009)。靶向药物也被研究以减少骨吸收,在这一类别中可以引用Denosumab,它直接阻断RANK配体,抑制破骨细胞的成熟6,10。一项比较Denosumab和唑来膦酸(Zometa)在2046名乳腺癌患者中的效果的研究表明,Denosumab具有优越的疗效。此外,本研究报道的并发症之一是颌骨骨坏死的发展。在研究人群中,20例与Denosumab相关的骨坏死病例,14例与Zometa使用相关。这项工作强调了Denosumab的潜在作用,比使用中更有效的双膦酸盐引起更多的骨坏死病例(STOPECK et al., 2009)。骨坏死仍然是一个难以管理的实体,目前还没有共识接受的治疗方案。牙科领域的治疗策略应侧重于预防和局部控制。 术语“药物相关颌骨坏死”指的是一种相对已知的病理状况,定义为未接受放射治疗且使用了具有发展潜力的药物的患者的颌骨无血管坏死。这是一种严重的发病率,由一些用于治疗骨质疏松症和抗肿瘤化疗的药物的不良影响引发,在过去十年中由于与使用双膦酸盐有关的病例数量而臭名昭著。根据Rodan和Reszka(2002)的研究,双膦酸盐是一类通过阻断破骨细胞介导的抑制骨吸收的药物。这些药物可以口服或静脉注射,主要用于减少各种恶性疾病(多发性骨髓瘤、乳腺癌或前列腺癌转移到骨骼)的骨组织损失,治疗佩吉特病和控制骨质疏松症。口服这些药物(通常用于治疗骨质疏松症)可降低骨坏死的风险。另一方面,当注射时,如在治疗恶性肿瘤和/或骨转移的肿瘤处方中,这种疾病表现出更高的患病率。文献中描述了这种损伤的一些危险因素,如静脉注射双膦酸盐,如依替膦酸(Didronel®)、帕米膦酸(Aredia®)和唑来膦酸(Zometa®),后者是这种类型坏死的最大潜在因素。此外,与患者相关的因素,如全身健康状况、免疫抑制药物的使用、任何牙齿或牙周感染也在这一类别中被报道(Saad et al., 2011)。在这种坏死模式的早期阶段,患者通常无症状,除非有继发性感染。这种情况逐渐发展,可能导致重要的骨暴露区域和开裂,可能表现为疼痛、臭口臭和疼痛(MIGLIORATI;西格尔;ELTING, 2006)。由于近年来大量的文章将骨坏死与口服和注射双膦酸盐的使用联系起来,这些因素之间建立了几乎同义的联系。然而,最近的出版物报道了在使用其他药物组合后骨坏死的病例,这是非常重要的知识,这一新的病因关联。肿瘤学研究的重点是为肿瘤成分创造特定的药物,从而减少对健康组织的影响。这些药物是所谓的“分子靶向疗法”的一部分,并通过针对特定受体或信号通路的抗体来攻击恶性细胞的生长和存活等现象。然而,最近的一些出版物表明,这些药物也与口腔并发症有关,在使用抗血管生成药物和一些骨吸收抑制剂(LESTERHUIS;HAANEN;猜测,2011)。血管生成是指新血管的形成,从已存在的血管,和被认为是一个关键机制在维护和发展的恶性肿瘤,它们的营养和生长,因此是一种潜在的方式发展目标药物分子。在使用贝伐单抗、索拉非尼和舒尼替尼等药物的患者中报道了骨坏死病例(Greuter et al., 2008;Christodoulou等人,2009)。靶向药物也被研究以减少骨吸收,在这一类别中可以引用Denosumab,它直接阻断RANK配体,抑制破骨细胞的成熟6,10。一项比较Denosumab和唑来膦酸(Zometa)在2046名乳腺癌患者中的效果的研究表明,Denosumab具有优越的疗效。此外,本研究报道的并发症之一是颌骨骨坏死的发展。在研究人群中,20例与Denosumab相关的骨坏死病例,14例与Zometa使用相关。这项工作强调了Denosumab的潜在作用,比使用中更有效的双膦酸盐引起更多的骨坏死病例(STOPECK et al., 2009)。骨坏死仍然是一个难以管理的实体,目前还没有共识接受的治疗方案。牙科领域的治疗策略应侧重于预防和局部控制。 应采取措施,使牙周健康良好,并清除口腔内的任何感染。治疗可以在常规的局部麻醉下进行。手术的目的应该是尽量减少可能的创伤。口腔感染病例应使用积极的抗生素治疗。对已安装的疾病的治疗是通过手术清创、洗必泰局部冲洗、刮痧和清除隔离骨,保留预后。至关重要的牙科和其他卫生专业人员熟悉这条件触发你未来的特工,叙述的表现和发展最好的治疗方案可以实现降低风险和病人intercorrências(花园,2018)。 应采取措施,使牙周健康良好,并清除口腔内的任何感染。治疗可以在常规的局部麻醉下进行。手术的目的应该是尽量减少可能的创伤。口腔感染病例应使用积极的抗生素治疗。对已安装的疾病的治疗是通过手术清创、洗必泰局部冲洗、刮痧和清除隔离骨,保留预后。至关重要的牙科和其他卫生专业人员熟悉这条件触发你未来的特工,叙述的表现和发展最好的治疗方案可以实现降低风险和病人intercorrências(花园,2018)。
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