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Abstract
Este artigo analisa de que modo, a partir da posição de Wittgenstein em relação à ética, não é possível derivar uma postura não-cognitivista como pretende, por exemplo, o quase-realismo de Simon Blackburn. Primeiramente, reconstruímos as consequências da interpretação a respeito da existência de proposições morais para, posteriormente, sustentar que há um equívoco no modo de compreender a dicotomia entre fatos e valores. E, por último, mostramos que o filósofo vienense recusa, por um lado, uma visão platônica sobre as regras e, por outro, a tese de que não há regras objetivas. As regras são expressão intersubjetiva compartilhada pela forma de vida, argumento diametralmente oposto ao não-cognitivismo quase-realista de Blackburn.