{"title":"O ESPAÇO, O COTIDIANO E A ESCOLA: UM REPENSAR PELA DEMOCRACIA","authors":"Tiago Santos De Vasconcelos","doi":"10.12957/e-mosaicos.2023.73356","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pensar o espaço, desde uma perspectiva escolar, demanda um exercício crítico e teórico complexo envolvendo a dimensão cotidiana da vida. Neste contexto, o objetivo deste breve estudo é apontar caminhos para que o espaço, enquanto categoria do pensamento e realidade prática, seja entendido nos estudos escolares geográficos como portador da ideia de referência para o ser humano, condição de existência do próprio ser. Este objetivo nos impele a consideração da intrínseca relação espaço-tempo, categorias que necessariamente precisam ser encaradas integradamente e que perfazem a constituição da dimensão cotidiana. Por conseguinte, abre-se caminho para a possibilidade do vir-a-ser, ou seja, a oportunidade de os sujeitos realmente serem no espaço. Este estudo lançou luz sobre a ideia de que o trabalho pedagógico em torno do conceito de espaço, atrelado quase que exclusivamente à sua dimensão absoluta, assegura à disciplina escolar Geografia, em alguma medida, uma posição de polo obscurantista das relações sociais, conduzindo ações não-discutidas em prol de uma organização social alienada. Portanto, a devida compreensão do espaço pode incentivar o desenvolvimento de um sujeito político subversivo. A Geografia escolar, por seu turno, desde uma perspectiva críticas e tornam parte de nosso problema, estruturando uma racionalidade de tom mais conformista, nos impondo o dever de pensar diariamente em alternativas às alternativas.","PeriodicalId":222680,"journal":{"name":"e-Mosaicos","volume":"19 23-24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"e-Mosaicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/e-mosaicos.2023.73356","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Pensar o espaço, desde uma perspectiva escolar, demanda um exercício crítico e teórico complexo envolvendo a dimensão cotidiana da vida. Neste contexto, o objetivo deste breve estudo é apontar caminhos para que o espaço, enquanto categoria do pensamento e realidade prática, seja entendido nos estudos escolares geográficos como portador da ideia de referência para o ser humano, condição de existência do próprio ser. Este objetivo nos impele a consideração da intrínseca relação espaço-tempo, categorias que necessariamente precisam ser encaradas integradamente e que perfazem a constituição da dimensão cotidiana. Por conseguinte, abre-se caminho para a possibilidade do vir-a-ser, ou seja, a oportunidade de os sujeitos realmente serem no espaço. Este estudo lançou luz sobre a ideia de que o trabalho pedagógico em torno do conceito de espaço, atrelado quase que exclusivamente à sua dimensão absoluta, assegura à disciplina escolar Geografia, em alguma medida, uma posição de polo obscurantista das relações sociais, conduzindo ações não-discutidas em prol de uma organização social alienada. Portanto, a devida compreensão do espaço pode incentivar o desenvolvimento de um sujeito político subversivo. A Geografia escolar, por seu turno, desde uma perspectiva críticas e tornam parte de nosso problema, estruturando uma racionalidade de tom mais conformista, nos impondo o dever de pensar diariamente em alternativas às alternativas.