X. C. Muniz, Jacqueline Garcia Duarte, Rodolfo Duarte Nascimento
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Abstract
Introdução: As lesões dos nervos periféricos são pouco frequentes nos traumas dos membros. Elas acometem mais os membros superiores de indivíduos do sexo masculino. Dependendo da gravidade, podem resultar em perda da função motora e/ou sensitiva do membro e dor neuropática. Objetivo: Compilar informações relacionadas às classificações e às alterações histopatológicas de lesões do nervo periférico, com enfoque aos componentes do Sistema Nervoso Somático. Metodologia: Foi realizado um levantamento de artigos na base de dados PubMed, sendo considerados apenas estudos publicados em língua inglesa nos últimos 25 anos (1995-2020). Resultados/Discussão: As lesões dos nervos periféricos são classificadas com base nas alterações histológicas e no grau de acometimento. Em reposta à lesão, alterações intrínsecas e extrínsecas ocorrem, respectivamente, no neurônio e nas células não neuronais presentes no microambiente. Nos neurônios, são ativadas diversas vias moleculares, às quais estão relacionadas com a sobrevivência, regeneração e morte celular. Dentre as células não neuronais, destacam-se as células de Schwann, os macrófagos e os neutrófilos pela capacidade de limpar o microambiente e deixá-lo propício para a regeneração. Nesse contexto, o infiltrado inflamatório, no local da lesão, e no segmento distal do axônio são considerados eventos importantes, respectivamente, para formar a ponte celular e para promover a Degeneração Walleriana. Por outro lado, a presença de mediadores inflamatórios produzidos localmente pode induzir a dor neuropática. Conclusão: Um melhor entendimento dos processos histopatológicos das lesões dos nervos periféricos pode auxiliar os profissionais da saúde no prognóstico e na elaboração de intervenções terapêuticas mais seguras e eficazes no tratamento.